Al Gore continuará a desenvolver o tema das suas conferências internacionais, cujo documentário acabou por ser laureado na última edição dos Oscares, num momento em que a União Europeia discute a aprovação do plano de compromisso ambiental pós-Quioto, apresentado pelo seu presidente, José Manuel Durão Barroso.

Al Gore defende que o aquecimento global do planeta é fundamentalmente devido ao aumento de emissões de gases que provocam efeito de estufa com origem na actividade humana. Nestes gases, o dióxido de carbono que é emitido a partir da queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, é libertado para a atmosfera a um ritmo tal que impede que o ciclo natural do carbono se realize. O excesso de moléculas de dióxido de carbono reflecte radiação infravermelha ou calor que é devolvido à terra.

Conscientes do mesmo problema, os europeus preparam-se para discutir nos próximos dois dias, em Cimeira Europeia, as propostas de compromisso de longo prazo elaboradas por Durão Barroso. A Europa vai decidir se aprova ou não o objectivo de redução da emissão de dióxido de carbono para os níveis de 1990. Se a proposta for aprovada, a Europa terá de impor novas restrições aos automóveis, aumentar as energias renováveis, poupar consumos, sequestrar carbono.

Nos EUA, país que não subscreveu qualquer compromisso internacional de redução de emissões, Al Gore é uma voz da oposição que, paulatinamente, tem vindo a ganhar adeptos.