Num artigo de opinião publicado nesta terça-feira no Financial Times, Carlos Moedas rejeita a possibilidade aventada pelo jornal financeiro na semana passada de Portugal ter de pedir um segundo resgate (como sucedeu com a Grécia).

"Portugal irá completar o seu programa e ajustamento com sucesso e sem a necessidade de um segundo resgate porque a sua economia está já mais sustentável e eficiente", assegura.

O governante refere que o país já tem excedentes com o resto do mundo, terá excedente orçamental primário no próximo ano, tem estabilidade política e consenso entre os principais partidos sobre a importância de finanças públicas equilibradas.

Não precisa de segundo resgate. Precisa, diz, é de uma união bancária na Europa que facilite o crédito às empresas e Estado, ajudando à recuperação da economia. "O que Portugal realmente precisa é que se assista a um acordo em torno de uma verdadeira união bancária, que restabeleça a transmissão da política monetária na Zona Euro e alivie o fardo da dívida", frisa.

O secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro destaque que as reformas feitas pelo Governo “estão a transformar o ambiente de negócios” em Portugal e que o país tem um “governo estável”.

“Tal como a maioria dos outros países europeus [Portugal] tem um Tribunal Constitucional, que tem todo o direito e dever de fazer cumprir a Constituição”, afirma Moedas, garantido que o Governo está a trabalhar com a Constituição para “assegurar que os esforços necessários para retirar o país da crise são partilhados entre o sector privado e público, e entre os trabalhadores e os muito milhares de pessoas que querem ingressar no mercado de trabalho”.