Notícia
HSBC acredita em “saída limpa” para Portugal
Banco britânico diz que Portugal está perto de ganhar o acesso pleno aos mercados, pelo que o cenário mais provável passa por o País seguir o caminho da Irlanda na saída do programa de ajustamento.
O HSBC coloca a “saída limpa” do programa de ajustamento económico e financeiro como o cenário mais provável para Portugal no pós-troika, com o País a seguir o caminho da Irlanda em vez de solicitar um programa cautelar.
Numa nota a clientes citada pela Bloomberg, os analistas Bert Lourenço e Christopher Attfield justificam esta perspectiva com o facto de considerarem que Portugal está a aproximar-se rapidamente do acesso pleno aos mercados.
O HSBC acredita que o IGCP vai avançar até ao final do mês com mais uma emissão de dívida de longo prazo, com a venda de obrigações da linha que chega à maturidade em 2021. Uma operação que servirá para completar a demonstração de que Portugal tem agora acesso pleno aos mercados. Este ano o instituto que gere a dívida pública portuguesa realizou já duas emissões de dívida de longo prazo.
Se este cenário de “saída limpa” se concretizar, o HSBC diz que terá implicações positivas para o rating de Portugal. O banco britânico aconselha os clientes a estarem expostos à dívida portuguesa a cinco anos.
Outros bancos de investimento e agências de rating têm defendido que Portugal deveria solicitar um programa cautelar para o pós-troika.
O Governo português tem repetido nas últimas semanas que só decidirá qual a forma de saída do programa de ajustamento quando este estiver a terminar, ou seja, mais perto de 17 de Maio.
O presidente da Comissão Europeia defendeu na segunda-feira um consenso entre "as principais forças políticas" em Portugal sobre o Documento de Estratégia Orçamental, o que facilitaria uma "saída limpa" do programa de resgate. Esta declaração contrasta com a efectuada por Durão Barroso há algumas semanas, quando defendeu que Portugal deveria ter um programa cautelar.