No relatório divulgado esta segunda-feira, que resulta da missão técnica das equipas da UE e do FMI realizada entre 16 e 22 de Outubro, são identificadas várias falhas à implementação da revisão do sistema tributário da Grécia.

De acordo com a Bloomberg, esta nota refere que das 10 metas que tinham sido estabelecidas para os primeiros seis meses deste ano, Atenas só atingiu metade, havendo o risco de ter de “apagar” receitas de vários milhares de milhões em dívidas fiscais.

“Uma parte significativa dos 53 mil milhões de euros em dívidas fiscais não poderá ser cobrada”, diz o relatório da UE e do FMI. A Grécia só deverá arrecadar entre 15% a 20% desta receita em impostos.

Neste sentido, Atenas “deverá apagar” até 45 mil milhões de euros de receitas fiscais que passarão a ser classificadas como incobráveis. Para evitar que esta situação volte a repetir-se, a missão técnica recomenda que “a Grécia reforce o sistema de colecta de impostos”.

“É preciso um maior foco na cobrança de impostos aos 1.500 maiores contribuintes que representam dois terços, ou 35 mil milhões de euros, do montante total de dívidas fiscais que estão por cobrar”, refere a nota. “A Grécia deveria contratar mais especialistas para auditar os maiores devedores de impostos”, remata.