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Governo reitera que não tomou qualquer decisão sobre o pós-troika
Marques Guedes assegura que o Governo e o primeiro-ministro continuam a analisar as circunstâncias com vista a escolher qual será a melhor decisão para o país e que ainda não chegou o momento dessa decisão ser tomada.
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros repetiu esta tarde aquela que tem sido a posição do Governo sobre a forma como Portugal vai sair do programa de ajustamento financeiro (PAEF).
Luís Marques Guedes reiterou que a decisão não está tomada e que tal só deverá acontecer mais perto do fim do programa, previsto para 17 de Maio.
O ministro foi questionado sobre esta matéria na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, depois do “Diário Económico” ter noticiado que Passos Coelho já informou a troika de que prefere tentar uma saída limpa do actual programa de resgate.
Marques Guedes afirmou que “trata-se de um caso típico de uma manchete jornalística inventada. Com a agravante de que penso que o órgão de comunicação social em causa sabe que há uma de duas alternativas e portanto tem 50% de hipóteses de acertar. Se acertar vai dizer que foi o primeiro que acertou. Se não acertar vai dizer, como às vezes acontece, que foi o Governo que recuou".
“O governo tomará a decisão no momento certo e não é com três meses de antecedência” que a decisão será conhecida, acrescentou Marques Guedes, afirmando que o Executivo, “no momento certo, vai escolher a melhor solução para o país”.
Esta tem sido a posição transmitida pelo primeiro-ministro, ministra das Finanças e outros membros do Governo, defendendo que só mais próximo do fim do programa é que será a melhor altura para avaliar se Portugal irá pedir um programa cautelar, ou tentará uma "saída limpa" como a Irlanda.