A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional aprovou, a 30 de Julho, a monitorização pós-programa a Portugal, anunciou a instituição liderada por Christine Lagarde em comunicado, adiantando que a decisão foi tomada sem ter havido uma reunião.

Este procedimento de monitorização pós-programa estava já previsto uma vez que terminou em Maio o período de três anos do programa de ajustamento financeiro. Será através deste mecanismo de controlo que os credores de Portugal continuarão a vigiar Portugal.

Do lado europeu, o Portugal ficará sujeito à monitorização pós-programa da Comissão Europeia e do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que virão ao País duas vezes por ano até que os empréstimos sejam totalmente amortizados, o que acontecerá para lá de 2040. Acrescem a este controlo os mecanismo normais de coordenação de políticas na UE ao abrigo do chamado semestre europeu, os quais foram reforçados com a crise. E ainda as recomendações que resultam dos procedimentos por défices excessivos ou por desequilíbrios macroeconómicos.

Do lado do FMI, existirão também visitas regulares ao país, em princípio duas por ano, até ao final da década. O Fundo, à semelhança do que já fez com a Grécia, deverá ainda publicar um relatório de avaliação do programa de ajustamento dentro de 12 meses.