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Gémeos Digitais Inteligentes ganham 5G Challenge

Enline Energy vence 5G Challenge da MEO Empresas com gémeos digitais para gerir melhor os ativos da rede elétrica. Palmilhas inteligentes para avaliar atletas e headset-guias para invisuais também foram premiados. Segunda edição do concurso teve recorde de candidaturas nacionais e internacionais.

16 de Julho de 2024 às 10:03
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A Enline Energy foi o vencedor do Grande Prémio de Inovação 5G da segunda edição do 5G Challenge. O anúncio foi feito na grande final deste concurso tecnológico, que decorreu na sede da Altice Portugal, e onde 12 finalistas apresentaram os seus projetos a um júri. A solução vencedora  permite criar gémeos digitais das infraestruturas da rede elétrica, sem recorrer a mais sensores, aplicando modelos eletromagnéticos e inteligência artificial para criar uma solução de gestão, manutenção e monitorização da rede muito mais eficaz e eficiente.

Conforme explica Manuel Lemos, CEO e Cofundador da Enline: "Com esta tecnologia conseguimos criar gémeos digitais de ativos reais, remotamente, para qualquer parte do mundo, sem necessidade de implementar mais hardware ou adicionar sensorização". A tecnologia permite, afirma, "criar um modelo muito avançado de conhecimento do estado e do comportamento dos ativos face às variáveis elétricas, mecânicas, térmicas e climáticas, desde a geração, por qualquer fonte, até à transmissão, subestações, distribuição e grande consumo".

O 5G é a espinha dorsal da nossa tecnologia porque nós necessitamos da sua velocidade de transmissão e qualidade de processamento. Manuel Lemos, CEO e Cofundador da Enline


5G fundamental para solução vencedora

Com esta tecnologia, explica Manuel Lemos, "é possível tornar mais eficaz e eficiente a forma como estes ativos são dimensionados, operados e mantidos". O que, afirma, "permite reduzir as perdas, aumentar a capacidade, monitorar, detetar e evitar falhas e fazer a manutenção adequada entre muitas outras possibilidades".

Em que é que esta solução aproveita o 5G? Manuel Lemos explica: "O 5G é a espinha dorsal da nossa tecnologia porque nós necessitamos da sua velocidade de transmissão e qualidade de processamento para receber, processar e transmitir com grande rapidez enormes quantidades de dados para clientes que estão em todo o mundo", conclui.

 

Ecossistema aporta inovação e valor acrescentado

Para Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal, "este é o tipo de solução que a Altice, enquanto fornecedor global do mercado empresarial, quer identificar. Nós procuramos soluções inovadoras e de grande valor acrescentado que as start-ups e empresas estejam a desenvolver".

Temos conseguido, ao longo dos anos, identificar soluções com grande potencial para endereçar as mais diversas áreas do tecido empresarial. Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal


Com o 5G Challenge, afirma Nuno Nunes, "temos conseguido, ao longo dos anos, identificar soluções com grande potencial para endereçar as mais diversas áreas do tecido empresarial. Soluções que integramos no nosso portfolio e com as quais aportamos valor às empresas".

Na sua experiência, "este ecossistema de start-ups e de empreendedorismo é absolutamente fundamental para a evolução tecnológica e compete-nos a nós, grandes empresas, fomentar e dinamizar este tipo de abordagem e de contribuição para o mercado", conclui.

 

Palminhas inteligentes

Para o projeto eSole da eDynamics, vencedor do Prémio "Melhor Solução de Origem Portuguesa", o 5G assume também grande importância porque a base da solução é a sensorização e o tempo real. O projeto apoia-se no desenvolvimento de uma "palmilha inteligente", que avalia no local e em tempo real vários indicadores de saúde músculo-esqueléticos e o desempenho dos atletas.

A avaliação é baseada em sensores nas palmilhas e em inteligência artificial, e visa medir a fadiga muscular dos atletas e prever o risco de lesões.

Esta solução, como nos explica Joana Figueiredo, CEO da eDynamics, está já em testes com atletas do Sporting Clube de Braga e este prémio, "chega num momento importante, em que temos trabalho desenvolvido, temos mais clubes interessados e aplicações possíveis em diversas modalidades, como o hiking".

Neste contexto, o 5G Challenge, "vem dar-nos força, reconhecimento e visibilidade, que são importantes para conseguirmos alcançar os próximos objetivos", conclui.

Condução assistida para invisuais

Por fim, mas não por último, o Prémio Sustentabilidade e Impacto Social foi ganho pela .lumen, empresa baseada na Roménia, com a solução "Glasses for the Blind".

O projeto, definido pelo seu CEO Cornel Amariei como sendo "condução assistida para invisuais", aplica inteligência artificial e um elevado nível de conectividade para permitir a navegação espacial por pessoas invisuais utilizando "headset/óculos" com câmaras de "visão", sensores e feedback. O objetivo é, a prazo, não só substituir as bengalas e os cães-guias no seu trabalho de auxiliar estas pessoas a "navegar" no seu quotidiano, como aumentar enormemente a sua autonomia.

 

Ecossistema 5G ainda em crescimento

Esta edição do 5G Challenge acontece num momento particularmente interessante do desenvolvimento desta tecnologia na Altice, nota José Pedro Nascimento, CTO da Altice Portugal: "Estamos a concluir a implementação do nosso core 5G standalone, o que nos vai permitir ter novas funcionalidades, como o "network slicing", e vai permitir abrir o ecossistema às APIs de programadores e developers de soluções que poderão desenvolver os seus use cases em cima do nosso core".

Vamos o nosso Core às APIs de programadores e desenvolvedores de soluções que poderão desenvolver
os seus "use cases".
José Pedro Nascimento, CTO da Altice Portugal


Na sua perspetiva, "esta evolução vai ser transformadora e permitir o crescimento do nosso ecossistema de soluções e aplicações  para 5G de uma forma extraordinária, não só para o mercado empresarial, como para as pessoas".

 

5G potencia utilização de mais tecnologias
De referir que as várias soluções finalistas, desenvolvidas por 12 empresas, são potenciadas também por tecnologias como a inteligência artificial, a realidade aumentada, a internet das coisas (IoT) ou a automação, e que, em conjunto com a conectividade 5G, podem fazer a diferença na vida das empresas. Nesta edição a Altice deu destaque às funcionalidades mais avançadas do 5G, que permitem, por exemplo o network slicing, ou seja, o dedicar uma fatia da rede com qualidade de serviço assegurada a use cases que exigem elevada resiliência.

O júri desta edição foi constituído por Fátima Caçador, Diretora da Casa dos Bits, Hélder Almeida, Diretor de Operações da Efacec Power Solutions, José Pedro Nascimento, CTO da Altice Portugal e Nuno Nunes, CSO B2B da Altice Portugal. Para além da atribuição dos três prémios monetários, distribuídos por três categorias, as soluções vencedoras encontram-se habilitadas a integrar o portefólio da MEO Empresas e o universo das suas parcerias estratégicos, permitindo alavancar o go to market das soluções a clientes MEO Empresas.

Do surf às eólicas: Os outros nove projetos finalistas Para além dos três premiados, outros nove finalistas apresentaram os seus projetos nesta final, selecionados a partir de mais de 50 candidaturas provenientes de Portugal, Irlanda, Inglaterra e Estados Unidos, entre outros países.

Conforme explicou Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal, "são projetos que, não tendo sido distinguidos nesta edição, entraram no radar da Altice e dos seus parceiros. Sabemos da nossa experiência com edições anteriores que, muitas vezes, estes projetos, em função do seu amadurecimento ou da evolução do mercado e da tecnologia, vêm a integrar o nosso portefólio ou a encontrar o seu caminho para o mercado com o nosso apoio", sublinhou.

Os projetos apresentados foram de uma diversidade extraordinária, propondo soluções que exploram o potencial da rede móvel 5G, com especial foco para soluções que utilizam funcionalidades avançadas do 5G como, por exemplo, o "network slicing". Desde aplicações de realidade aumentada para assistência técnica remota, até visão computacional aplicada à segurança no local de trabalho, passando pela automação de máquinas agroflorestais.

Outras soluções apresentadas endereçam necessidades de cibersegurança emergentes no contexto da IoT (internet das coisas) em ambiente urbano e industrial, exploram formas de tornar a produção de energia eólica acessível a mais empresas e particulares, e de automatizar e democratizar as filmagens de sessões de surf.
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