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Maia atrai investimento com sustentabilidade e qualidade de vida

António Silva Tiago revela as estratégias de atração de investimento que colocam o concelho da Maia como um destino privilegiado para viver, trabalhar e investir.

29 de Outubro de 2024 às 18:05
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O presidente da Câmara Municipal da Maia, partilha a visão estratégica que tem impulsionado o desenvolvimento do concelho e atraído a atenção de investidores nacionais e internacionais. Com uma abordagem seletiva, a autarquia privilegia projetos que garantem emprego qualificado e respeitam o ambiente, destacando o dinamismo e a resiliência da Maia. "A nossa prioridade é que o investimento acrescente valor ao território, promovendo uma qualidade de vida ao nível dos melhores padrões europeus," afirma António Silva Tiago.

 

Quais são hoje as principais prioridades da Câmara Municipal no que toca à atração de investimento? O que tem vindo a ser feito, e qual o feedback que têm sentido por parte dos investidores?

A nossa principal prioridade na atração de investimento é que o investimento feito na Maia acrescente valor ao próprio território.

No que alude ao investimento por via de empreendedorismo empresarial temos uma estratégia seletiva que privilegia fundamentalmente os projetos empresariais de baixo ou nulo impacto ambiental, geradores de emprego qualificado, duradouro e o melhor remunerado possível e que, naturalmente, gerem riqueza para o território. Temos vindo a desenvolver uma estratégia de promoção da nossa marca territorial em várias frentes e o feedback tem sido claramente positivo.

A propósito, deixe-me referir que reunimos no nosso histórico um conjunto de indicadores e distinções atribuídas por entidades externas e independentes, que nos colocam no ranking dos melhores municípios para viver. As distinções que temos averbado dizem bem do dinamismo vibrante do nosso ecossistema económico e social.

Por outro lado, somos um Município de boas contas, que faz da eficiência e eficácia na gestão financeira, uma forma de otimizar a aplicação dos recursos para os aplicar na melhoria das condições de vida das populações e até no incremento dos apoios sociais, em momentos de dificuldade.

O rigor e a eficiência fazem parte da nossa cultura política, sempre com o propósito de libertar o máximo possível de recursos financeiros, para investir em projetos que contribuem para valorizar o território, proporcionar qualidade de vida e bem-estar à comunidade e promover a felicidade das pessoas e das famílias.

 

Qual o contributo que a regeneração urbana tem dado/pode dar para a atratividade internacional e captação de investimento do município? De que forma sentem este efeito?

Somos hoje uma Maia magnética, um ecossistema humano, social e económico vibrante e dinâmico, num território bom para viver, trabalhar, empreender e investir. A transformação positiva da paisagem urbana do território do concelho da Maia é, a meu ver, entendida pelos principais players económicos, como um investimento forte do Município na criação de condições de vida que apresentam padrões de qualidade ao melhor nível europeu. Temos sentido que a nossa aposta estratégica está a ser feita tomando um rumo correto, porquanto nos diversos contactos mantidos com empreendedores e investidores nacionais e estrangeiros, percebemos que aquilo que procuram num território já não é apenas disponibilidade de terreno edificável, mas sobretudo a oferta de um mix de commodities que incluem um conjunto de exigências, desde uma oferta qualificada de educação, boas estruturas de apoio social e para a saúde, equipamentos desportivos e culturais que favoreçam uma vida física e mentalmente sã, boas acessibilidades e transportes e uma governança local atenta e disponível para o diálogo, que saiba regular bem as interações com o território, conciliando de forma harmoniosa os interesses de quem cá vive, trabalha e investe.

 

Que papel tem a Maia no contexto mais abrangente da Área Metropolitana do Porto enquanto polo atrativo de investimento e empresarial?

O nosso entendimento é o de encarar a Área Metropolitana como um espaço de cooperação institucional e de articulação colaborativa na resolução de problemas comuns. E nesse entendimento, a Maia apresenta-se como uma comunidade que pretende acrescentar valor ao território metropolitano, não tanto para disputar ou competir com os seus vizinhos, mas sobretudo para complementar a oferta que existe nos territórios vizinhos e desenvolver todo o potencial que nos diferencia neste contexto metropolitano.

Ao nível do imobiliário a Maia tem para oferecer a tranquilidade de espaços de densidade urbana controlada que oferece a fruição de commodities hoje muito apreciadas por quem nos procura, especialmente ao nível dos espaços verdes, em que a Maia oferece a cada habitante uma área superior a 12m quadrados e no seu cômputo global já ultrapassa os dois milhões de metros quadrados, distribuídos pelos vários parques e jardins dispersos por todo o território.

A par disso, está a mobilidade sustentável, e a coexistência dos modos suaves, uma qualidade ambiental muito cuidada, uma rede de acessibilidades que permite chegar a todo o lado muito rapidamente e todas aquelas commodities que já referi, desde a educação, rede de apoio social e saúde, infraestruturas culturais e desportivas, etc.

 

Ao nível da sustentabilidade e ambiente, quais são as grandes prioridades do município, e de que forma se propõe a responder aos desafios atuais?

A Maia tem vindo a fazer, nas últimas três décadas, um caminho muito consistente rumo à sustentabilidade ambiental. A nossa aposta na recolha seletiva porta-a-porta, tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos, a par da rede de saneamento básico que cobre hoje a totalidade do território e da expansão dos espaços verdes, jardins e parques municipais, teve como resultado colocar a Maia na vanguarda dos indicadores de desempenho e eficiência ambiental, facto que, mais uma vez, nos tem dado diversas distinções, consecutivas, que nos são atribuídas por entidades independentes. Podemos afirmar, com toda a segurança, que alguns dos indicadores que a Maia pode hoje orgulhar-se de apresentar só serão alcançados pela esmagadora maioria dos municípios portugueses daqui a muitos anos, alguns deles, porventura, só depois de algumas décadas de investimento. É necessário sublinhar que este caminho que estamos a trilhar desde 1990 só foi possível porque a nova geração de políticas de educação e sensibilização ambiental encontrou um excelente acolhimento nas escolas, nas famílias e na comunidade em geral, que compreenderam a importância de alterar comportamentos, adotar atitudes e hábitos de vida que reduziram o impacto das suas interações no meio ambiente. Hoje, a Maia é uma comunidade ambientalmente responsável e cada vez mais perto do desígnio coletivo da sustentabilidade integral, que inclui a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade demográfica e social e, não menos importante, a sustentabilidade económica.

Na Maia, temos na nossa tradição cultural, encarar os momentos de dificuldade e de crise como desafios estimulantes, que sempre nos incentivaram incrementar esforços no trabalho, a não dispersar e reforçar o nosso foco no essencial, agindo com inteligência, de forma pensada e ainda mais bem planeada, colocando o melhor da nossa imaginação e criatividade. Se pensarmos bem, sempre que Portugal enfrentou uma crise com coragem e determinação saiu dela reforçado e preparado para o futuro. Na Maia, não vamos nunca baixar os braços e tudo faremos para ler, o melhor possível, os sinais dos tempos, encarar a realidade com coragem e temperança, tomando as medidas políticas necessárias para prevenir e mitigar, tanto quanto possível, os efeitos da crise, sendo certo que a vida não vai parar. Se há um valor que caracteriza as gentes da maia e os seus líderes, é que nunca perdemos a confiança, nem a esperança e, assim, o desnorte nunca será o nosso timbre, bem pelo contrário. Sabemos o que queremos e sabemos o rumo a seguir para cumprir os desígnios coletivos que abraçamos.

 

Pelo seu efeito estruturante e potenciador de crescimento, existe algum(ns) projeto(s) em curso que gostasse de destacar?

Sim, posso destacar, de entre vários, o parque Milénio, que começa a acolher projetos e investimentos na área da economia, desporto e Ciência.

Creio, assim, que a transformação positiva da paisagem urbana do território do concelho da Maia é, a meu ver, entendida pelos principais players económicos, como um investimento forte do Município na criação de condições de vida que apresentam padrões de qualidade a nível europeu. Temos sentido que a nossa aposta estratégica está a ser feita no sentido correto, porquanto nos diversos contactos mantidos com empreendedores e investidores nacionais e internacionais, percebemos que aquilo que procuram num território já não é apenas disponibilidade de espaço edificável mas sobretudo a oferta de um mix de commodities que incluem um conjunto de exigências, às quais estamos sensíveis e, dentro do possível, procuramos dar resposta satisfatória, sendo que essa resposta, não é diferente da que damos às legítimas expetativas e ambições das maiatas e dos maiatos.

Temos, como é óbvio, um particular interesse pelo investimento reprodutivo, de baixo ou nulo impacto ambiental, gerador de riqueza e que crie emprego qualificado e duradouro. Mas temos igualmente interesse por outros tipos de investimento. E se for investimento no imobiliário, que seja de qualidade superior, a todos os níveis, quer do ponto de vista das condições proporcionadas ao uso dos empreendimentos, seja ao nível da conceção estética numa perspetiva da sua integração na paisagem urbana pré-existente, seja no que respeita à dimensão das assoalhadas e dos espaços comuns. Costumo dizer, como forma de inspirar as equipas, que na Maia só nos permitimos aprovar ou construir habitação em que eu próprio pudesse viver, seja ela de iniciativa privada ou municipal para famílias de poucos recursos. Há uma dignidade intrínseca à casa de habitação que é para nós essencial garantir.

Assiste-se à mais profunda reforma do nosso território das últimas décadas, testemunhada em todas as freguesias, através de um vasto conjunto de obras, concretizando o objetivo estratégico da mobilidade sustentável e dos modos suaves, cuidando da melhoria de diversos centros urbanos do concelho, sem descurar a valorização do já forte investimento na educação e no desenvolvimento social.

Importa, agora, acelerar a recuperação da normalidade do caminho do crescimento económico, coeso e sustentado, que caracteriza a Maia garantindo a dianteira do desenvolvimento e da qualidade de vida que sempre assumimos na área metropolitana e no país

É fundamental aproveitar a oportunidade e a disponibilidade de fundos europeus para a Recuperação e Resiliência para, com projetos de qualidade, bem pensados e melhor executados, darmos forma à Maia que queremos para os próximos 20 anos.

Dificilmente haverá no futuro oportunidade igual a esta. A Maia não pode correr o risco de ficar para trás e desperdiçar esta oportunidade de ouro.

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