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FEP desenvolve novos mestrados executivos

Programas nascem da interação entre a faculdade e entidades de referência. Customização, dinamismo e forte vertente internacional são tendências.

09 de Maio de 2024 às 14:41
Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto
Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto
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A formação para executivos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) é a nova proposta de valor desta escola envolvendo o desenvolvimento de programas de formação avançados. Neste contexto, a FEP está a desenvolver dez mestrados executivos, com a duração de dois semestres, e que resultam da interação próxima entre a faculdade e 50 entidades de referência que aportaram as suas visões e experiência ao desenho dos novos programas.

 

Um trabalho conjunto, "que criou os únicos programas executivos da Universidade do Porto que serão acreditados e conferentes do título de mestre", refere Óscar Afonso, diretor da faculdade. O primeiro mestrado executivo, cujo principal parceiro é a MC Sonae, arranca em setembro, tendo como objeto a Gestão de Operações de Retalho. Segundo Óscar Afonso, "desde sempre, estes programas foram pensados para profissionais de elevado talento que, mantendo a sua atividade profissional exigente, procuram desenvolver competências e conhecimentos críticos valorizados pelo mercado". No processo de seleção dos candidatos, a FEP confirma este perfil e nota que "trazem uma experiência relevante do mercado de trabalho, muitas vezes em cargos de gestão ou liderança", explica o responsável.

 

Novos programas, mais dinâmicos

Estes programas, "cujo desenho e oferta serão bastante dinâmicos no tempo", abrangem áreas que vão desde as finanças, banca, retalho e turismo, tecnologia na gestão de negócios, administração de hospitais ou escolas, desenho de políticas públicas, até à reflexão sobre as cidades do futuro. Nestes programas, a faculdade aposta "numa diversificação dos formatos dos cursos, incluindo interações presenciais, online e blended, de forma a ir ao encontro das necessidades e disponibilidade dos profissionais", esclarece Óscar Afonso.

 

A FEP justifica estas opções com o facto de, cada vez mais, os seus parceiros procurarem "formações de durações mais curtas do que as clássicas e que sejam altamente complementares ao conhecimento desenvolvido dentro das suas organizações, com foco no desenvolvimento de carreira de cada profissional". Assim, na perspetiva de Óscar Afonso, "é cada vez mais natural que, ao invés de fazer uma formação genérica, mesmo que seja executiva e avançada, os profissionais procurem acumular formações específicas altamente customizadas para as suas necessidades". "Deixamos de ter uma oferta comum para candidatos com perfis diversificados e procuramos antes responder à procura com um leque de programas altamente customizados", sublinha o diretor da faculdade.

 

A experiência da FEP nesta área "permite identificar dois grupos mais expressivos", diz Óscar Afonso: "Um grupo composto por profissionais com experiências sólidas e carreiras exigentes e já estabelecidas, que procuram acelerar ou ajustar o seu desenvolvimento futuro; e outro grupo, de jovens talentosos, muitos deles empreendedores, que desejam desenvolver as suas capacidades de gestão e liderança para alavancar os seus negócios."

 


Disrupção tecnológica

Numa perspetiva dos desafios e temas que impactam a formação de executivos na atualidade, Óscar Afonso identifica tendências claras: "Um dos principais temas do momento é a adaptação de conteúdos e competências a oferecer em face da disrupção tecnológica e da transformação digital no mundo dos negócios, promovidas pela inteligência artificial, a automação, o trabalho remoto." Bem como "a incorporação crescente de estruturas analíticas, que estão a alterar profundamente os modelos de negócio e as práticas de gestão".

 

Outro desafio, na opinião do responsável, passa pela "capacitação dos executivos para a adaptação dos negócios para a era da sustentabilidade e da responsabilidade social corporativa, procurando desenvolver competências que permitam aos líderes das organizações estimular a adoção de práticas empresariais sustentáveis e éticas". O que inclui "a compreensão dos impactos destes princípios na estratégia e nas operações das organizações".

 

Por fim, e ainda segundo o diretor da faculdade, existem temas que sendo já prioridades clássicas continuarão a ser tendências. Por exemplo: "A definição de estratégias de internacionalização e a forma de como as implementar com sucesso, combinando ganhos de escala e os riscos de operações globais num contexto mais volátil." Além disso, "a gestão da mudança e da incerteza e o desenvolvimento de competências de adaptação, inovação e liderança em contextos ainda não conhecidos assume particular destaque", explica.

 

Evolução da oferta

Em termos de evolução da oferta formativa da faculdade, o seu ecossistema executivo – escola, profissionais e entidades parceiras – permite "criar um forte dinamismo na oferta formativa, com uma constante atualização do elenco de mestrados executivos que serão oferecidos, procurando a todo o momento refletir em conjunto quais as tendências e necessidades de competências que devemos suprir". 

 

No curto prazo, a FEP "planeia concluir o lançamento do primeiro grupo de mestrados executivos". Em simultâneo, afirma o responsável, a escola vai "fomentar a reflexão do ecossistema que permitirá desde já definir as novas disrupções de mercado para as quais procurará dotar profissionais de competências, definindo como o vai fazer: se por novas unidades curriculares nos mestrados executivos existentes, se por novos programas". Existe, porém, uma certeza sobre o futuro desta formação na FEP: "A evolução da nossa formação executiva passará por uma forte componente internacional."

"Deixamos de ter uma oferta comum para candidatos com perfis diversificados, e procuramos antes responder à procura com um leque de programas altamente customizados."  Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto
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