Notícia
Os que mais têm são os que têm menos tendência para partilhar
As salas do Palácio de Mafra estão geladas em Fevereiro. "Trabalhar em palácios tem os seus inconvenientes", brinca o sociólogo Lourenço Xavier de Carvalho, fundador do Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano que, em conjunto com a Universidade Católica, lançou o estudo "Literacia social: os valores como fundamento de competência". Sim, as pessoas com mais rendimentos e mais instruídas são as que têm menor tendência para partilhar, diz o investigador, com base nas respostas de 900 pessoas inquiridas no final de 2009. O sociólogo quer recuperar aquilo que designa como a "dimensão humana" nos currículos escolares e, para tal, criou o programa Led On Values, a funcionar em 500 escolas. Em desenvolvimento estão, também, a Universidade dos Valores e o Museu dos Valores, espaços que deverão ser inaugurados em Outubro no Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima.
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O meu tio-avô, Manuel de Carvalho, fundou os Escuteiros Marítimos em Portugal. Ele foi um dos primeiros escuteiros, daqueles que eram presos. Tinha 16 ou 17 anos e, como andava a passear pelo país, e de calções, era associado a um vagabundo. Por ele passaram quatro gerações de jovens e ainda hoje, aos 87 anos, é escuteiro! Levou-me para os Escuteiros Marítimos, em Santo Amaro de Oeiras. Eu nasci ali perto, em Carcavelos.
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