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Luís Cília: “O sectarismo depois do 25 de Abril chocou-me bastante"

O cantor e compositor Luís Cília diz que sempre foi um ilustre desconhecido em Portugal – em parte por timidez, e também por ser uma figura desalinhada. Mas foi ele quem compôs por exemplo o “Avante Camarada” e foi dos músicos que mais discos gravou no exílio, em Paris. Como disse o investigador João Carlos Callixto, “importa (re)descobrir a sua obra”.
Lúcia Crespo e Vítor Chi - Fotografia 21 de Abril de 2023 às 11:00

O cantor e compositor Luís Cília diz que sempre foi um ilustre desconhecido em Portugal - em parte por timidez, e também por ser uma figura desalinhada. Mas foi ele quem compôs, por exemplo, o "Avante Camarada", tema que se tornou uma espécie de hino do Partido Comunista Português, no qual militava. E foi dos músicos que mais discos gravou no exílio, em Paris. O primeiro, "Portugal-Angola: Chants de Lutte", é também um protesto contra a guerra colonial. Seguiram-se EPs como "Portugal Resiste". Regressou a Portugal no célebre Air France saído de Paris a 30 de abril de 1974, onde vinha Álvaro Cunhal e José Mário Branco. Mas, com a revolução, surge também "o sectarismo" e "o clima de intolerância", aponta. "De repente, passei a ser um social-fascista." Luís Cília começou a dedicar-se sobretudo à composição para teatro, bailado e cinema. Compôs cerca de duas dezenas de discos. Como disse o investigador João Carlos Callixto, "importa (re)descobrir a sua obra". E é isso que parece estar a acontecer.


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