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Jerónimo Martins desliza para mínimos de dois anos

A Jerónimo Martins tem sido alvo de várias notas de análise, com os analistas a reduzirem a avaliação da retalhista. As acções têm descido e atingiram mínimos de dois anos.

08 de Outubro de 2018 às 11:33
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As acções da Jerónimo Martins estão a descer há sete sessões consecutivas, perdendo neste período quase 10,5% do seu valor. Os títulos já tocaram, inclusivamente, num mínimo de Janeiro de 2016.

 

A contribuir para este desempenho estarão notas de análise publicadas nos últimos dias. Desde que Outubro começou foram várias as casas de investimento que emitiram notas e, muitas delas, reviram as suas avaliações da retalhista. Um dos motivos está relacionado com a Polónia, um mercado determinante para a dona do Pingo Doce, e que está a assistir a um abrandamento do seu crescimento.

 

Apesar das revisões em baixa, a média das estimativas de 20 casas de investimento coloca a avaliação média da Jerónimo Martins nos 15,39 euros, um valor que está quase 35% acima da actual cotação.

 

O Negócios não teve acesso a várias das notas de análise publicadas, tendo, em muitos casos, apenas conseguido consultar as avaliações que constam no terminal da Bloomberg. Por isso, não conseguimos explicar os fundamentais usados por várias instituições para justificar as avaliações que fazem da empresa.

 

O último banco de investimento a rever a avaliação da Jerónimo Martins foi o Exane BNP Paribas, que desceu de 16,80 euros para 16,20 euros o preço-alvo da retalhista. A recomendação foi mantida em "outperform".

 

O Jeffries também reduziu de 13,50 para 12,80 euros a sua avaliação da dona da polaca Biedronka, deixando a recomendação em "manter".

 

Já o Alphavalue cortou de 17,10 para 16,90 euros o seu preço-alvo, recomendando a "compra" das acções.

 

O BPI emitiu uma nota de análise no dia 2 de Outubro, onde destaca "o fraco mercado de retalho na Polónia no terceiro trimestre", com as vendas neste sector a "revelarem uma tendência mais ligeira do que o esperado". Com base na evolução do mercado na Polónia, o BPI reviu a avaliação da Jerónimo Martins, assumindo um desempenho inferior ao antecipado.

Assim, o "target" passou de 17,10 euros para 16,90 euros. Ainda assim, com um potencial de subida elevado, o BPI manteve a recomendação de "comprar".  

O impacto na Jerónimo Martins da evolução do mercado polaco será conhecido a 30 de Outubro, dia em que a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos apresentará os seus resultados dos primeiros nove meses do ano. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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