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Bolsa e obrigações em queda? Goldman vê 3 razões para investidores não se preocuparem

Segundo o Goldman Sachs Group, o melhor que o investidor pode fazer agora é relaxar.

06 de Maio de 2018 às 17:30
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O apetite por activos de risco, como acções e títulos de "yields" elevadas, foi reduzido por diversos factores que surgiram ao mesmo tempo, mas os problemas podem ser temporários, de acordo com o banco sediado em Nova Iorque. Os economistas do banco ressaltam que o S&P 500 tem mostrado estabilidade desde o tombo do início de Fevereiro, evidenciando que, devido ao nervosismo, falta disposição para assumir posições.



"Vemos três razões para menor preocupação com os activos de risco", escreveram os economistas Charles Himmelberg e James Weldon em relatório distribuído na quinta-feira.

"Primeiro, mantemos nossa convicção na forte perspectiva de crescimento global, apesar da queda recente de indicadores de actividade. Segundo, preocupações em relação ao aperto monetário são provavelmente exageradas. Terceiro, os problemas técnicos que pesaram sobre o sentimento sobre risco aparentemente serão aliviados."

A expansão global pode ter desacelerado no primeiro trimestre, mas a dupla afirma que a economia dos EUA em breve mostrará força devido ao estímulo fiscal implementado em Dezembro e que a China, Brasil e Índia continuam a dar sinais de força. Embora os mercados tenham sido forçados a absorver uma grande variação no rendimento dos títulos do Tesouro norte-americanos, a maior parte do movimento provavelmente já ocorreu, de acordo com o relatório.


O Goldman também citou alguns factores técnicos prejudiciais que agora estão a normalizar, incluindo a pressão sobre os mercados de recursos de curto prazo devido à repatriação de dinheiro que estava parado e o menor interesse em aplicações ligadas à volatilidade do mercado accionista.

Segundo os economistas do Goldman, o nervosismo em relação aos resultados das empresas vai diminuir agora que a época de apresentação de contas já está bem avançada e a maioria das companhias superou as expectativas, inclusive com mais dinheiro disponível para recomprar acções.

No entanto, os profissionais apresentaram ressalvas: a equação entre risco e retorno não está necessariamente atractiva, os preços dos activos permanecem esticados (especialmente créditos de alto rendimento nos EUA) e há um risco cada vez maior de sobreaquecimento do mercado de trabalho e posterior recessão.

"A combinação atipicamente ‘amigável’ de crescimento robusto e inflação baixa dos últimos anos, que proporcionou um impulso tão potente ao apetite por risco, não pode continuar", afirmaram os economistas do Goldman. Mas tratando-se do eventual sobreaquecimento do mercado de trabalho e de uma recessão, "ainda não chegamos lá e esses riscos podem ser menores do que muitos temem".

Tudo isto sugere que os investidores não precisam ficar tão ansiosos.

"O crescimento provavelmente permanecerá forte, apesar da moderação recente", afirmaram os economistas. Os investidores de activos de risco "podem começar a preocupar-se menos".

Texto original: 
Goldman Gives Three Reasons Why Investors Should Worry Less

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