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Os dois vencedores do Prémio Personalidade

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, e Gonçalo Ribeiro Telles, arquiteto paisagista, a título póstumo, foram os primeiros distinguidos.

06 de Maio de 2021 às 12:30
António Guterres e Gonçalo Ribeiro Telles, a título póstumo, foram eleitos personalidades do ano.
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"A proteção do planeta e as alterações climáticas têm sido as suas bandeiras e as causas fê-lo com a paixão e o brilhantismo que o caracteriza", disse João Castello Branco, presidente do júri da Economia Circular, para explicar a eleição de António Guterres, que é o nono secretário-geral da Organização das Nações Unidas desde 2016.

Nasceu a 30 de abril de 1949, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica, no Instituto Superior Técnico em 1971, tornando-se professor assistente. Em 1973, António Guterres aderiu ao Partido Socialista, e, a partir de abril de 1974, a sua vida foi a política tendo sido eleito deputado em 1976. Torna-se secretário-geral do Partido Socialista em 1992 e fica durante dez anos. Foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002, presidente da Internacional Socialista entre 1999 e 2005. Mais tarde exerceu o cargo de alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados entre 15 de junho de 2005 e 31 de dezembro de 2015.

Miguel Castro Neto revelou que o "júri de forma espontânea e unânime rapidamente apontou o nome de Gonçalo Ribeiro Telles, o arquiteto paisagista, que recentemente faleceu, como a figura a ser evocada e premiada".

Gonçalo Pereira Ribeiro Teles (Lisboa, 25 de maio de 1922 - Lisboa, 11 de novembro de 2020) licenciou-se em Engenharia Agrónoma e fez o Curso Livre de Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. A sua vida profissional começou como assistente no Instituto Superior de Agronomia e na Câmara Municipal de Lisboa, tendo depois passado para o Fundo de Fomento da Habitação.

A marca como arquiteto paisagista aconteceu no início dos anos 1960 com a assinatura, juntamente com António Viana Barreto, do jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, a que se seguiram ao longo dos anos vários projetos sobretudo na cidade de Lisboa. Lecionou na Universidade de Évora, onde criou na década de 1990 as licenciaturas em Arquitetura Paisagista e em Engenharia Biofísica.

Militante da democracia e da monarquia, ajudou a fundar em 1974 o Partido Popular Monárquico. Foi subsecretário de Estado do Ambiente nos três primeiros Governos Provisórios em 1974 e 1975. Mais tarde foi deputado e ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VII Governo Constitucional, de 1981 a 1983, durante o período em que vigorou a Aliança Democrática que reunia PSD, CDS e PPM, de que foi líder, tendo fundado em 1993 o Movimento o Partido da Terra, cuja presidência abandonou em 2007. Criou as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.


Os primeiros vencedores de um prémio para uma década

Na sua edição foram distribuídos sete prémios e 11 menções honrosas pelas sete categorias do Prémio Nacional de Sustentabilidade. O júri atribuiu o prémio Personalidade a António Guterres e, a título póstumo, a Gonçalo Ribeiro Telles, e ainda um prémio aos profissionais de saúde em Portugal.

A primeira edição do Prémio Nacional de Sustentabilidade 20|30 insere-se na iniciativa Negócios Sustentabilidade 20-30 do Jornal de Negócios e que conta com a Deloitte como Knowledge Partner, o Alto Patrocínio da Presidência da República, e o apoio do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, e está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) das Nações Unidas.

"O facto de termos recebido e considerado 88 candidaturas mostra que é uma realidade incontornável e mostra a forma como com engenho e empenho a iniciativa de tantas e tantas instituições procura fazer a diferença e tornar acima de tudo esta questão de futuro", referiu Diana Ramos, diretora do Jornal de Negócios, sublinhado que todas as semanas fez "questão de acompanhar este tema, de analisar as métricas de tudo o que tem contornado este tema para que também ele não saia da agenda informativa".

"A Deloitte vê estes prémios como algo sustentável em si mesmo, uma iniciativa que perdura até 2030 e portanto os prémios que hoje são entregues reconhecem algo que já está feito, mas servem também de incentivo para aquilo que as empresas e as instituições podem ainda fazer no futuro e um incentivo para que mais se juntem a esta incitativa", afirmou Afonso Arnaldo, partner da Deloitte.

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