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Energias renováveis, que incluem biocombustíveis, devem responder por cerca de 25% de todos os gastos em energia em 2021 em relação aos 15% em 2014, afirmam os analistas do Goldman, entre eles Michele Della Vigna, num relatório de 16 de junho. O impulso deve-se em parte aos custos divergentes de capital, já que os juros de empréstimos subiram até 20% para projetos de hidrocarbonetos em comparação com apenas 3% para energia limpa.
A energia limpa pode atrair investimentos em infraestrutura entre 1 e 2 biliões de dólares por ano e criar de 15 a 20 milhões de empregos em todo o mundo. Já o alto custo de capital para o desenvolvimento de combustíveis fósseis reduz os investimentos, o que pode elevar os preços do petróleo e do gás e, por sua vez, estimular uma transição energética mais rápida.
"A energia renovável tornar-se-á a maior área de gastos no setor de energia em 2021, segundo nossas estimativas, superando a exploração petróleo e gás pela primeira vez na história", disse o Goldman.
A divergência dos juros de financiamento para projetos de alto e baixo carbono implica um preço de emissão de carbono de cerca de 40 a 80 dólares por tonelada, segundo o Goldman. No mundo real, no entanto, apenas cerca de 16% das emissões globais são rotuladas com um preço, e o valor médio é de cerca de 3 dólares a tonelada.
Isso cria um modelo de investimento bifurcado, com recursos fluindo para tecnologias maduras, como energia eólica, solar e biocombustíveis, enquanto iniciativas menos desenvolvidas, como captura de carbono e hidrogénio limpo, podem sofrer um impacto sem preços de emissões mais altos, disse o Goldman.
"Um processo de descarbonização com duas velocidades pode, portanto, acelerar a descarbonização a curto prazo, mas, em última análise, atrasar o caminho a longo prazo" para descer as emissões para zero, avalia o banco.