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Finanças Sustentáveis: As inovações mais verdes

06 de Maio de 2021 às 15:45
Paula Guerra e António Castro, diretora financeira e diretor de sustentabilidade da EDP.
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Vencedor
EDP - Obrigações Verdes (Green Bonds)
Menção Honrosa
Pestana - Green Bonds
Indaqua - Contratos de eficiência hídrica com remuneração por desempenho
N.º de candidaturas - 5

O balanço do júri
"Tivemos a oportunidade de analisar excelentes candidaturas que resultaram numa seleção difícil para o júri e que obrigou a analisar cada uma delas com muito cuidado, mas não foram muitas". Clara Raposo, presidente do júri.

"As green bonds são um instrumento de financiamento sustentável que a EDP utiliza para financiar os seus investimentos nas áreas eólica e solar. A EDP tem por objetivo que 50% do seu financiamento tenha esta origem", revelou Paula Guerra, diretora financeira da EDP, empresa que, em setembro de 2020, emitiu 850 milhões de dólares em green bonds. Desde outubro de 2018 que já emitiu 5 mil milhões de euros neste tipo de obrigações.

A agenda verde da EDP passa pela descarbonização do negócio de produção de eletricidade. "É um grande desafio e temos um objetivo muito claro que até 2025 o Grupo EDP não produza mais energia através do carvão", disse António Castro, diretor de sustentabilidade da EDP. Por outro lado, "o produto eletricidade é um facilitador da descarbonização da economia".

Em 2019, o Grupo Pestana, o maior grupo hoteleiro e turístico de Portugal decidido antecipar a reestruturação da dívida aprazada para março de 2020, fez "uma emissão de obrigações", contou José Theotónio, CEO do Grupo Pestana. "No processo de emissão, candidatamos à Associação Internacional de Mercados de Capitais (ICMA) dois projetos que poderiam ser elegíveis como green bonds, o Pestana Blue Alvor no Algarve e o Pestana Tróia Eco-Resort. Foram aprovados, cumpriam as normas da sustentabilidade". Em setembro de 2019 emitiram 60 milhões de euros em obrigações, operação denominada Pestana Green Bond.

Em Portugal perde-se, em média, 30% da água distribuída nos 308 concelhos. "Se o país como um todo tivesse o nível de desempenho da Indaqua, que em 2020 foi de 13,9%, evitar-se-ia o desperdício de 120 mil milhões de litros por ano", referiu Pedro Perdigão, CEO do Grupo Indaqua, que faz parte do Grupo Miya. Estas perdas são perdas ambientais e económicas.

"É um desperdício constante, persistente, que existe em todas as entidades gestoras. A nossa ideia foi propor aos nossos parceiros e clientes que parte da nossa remuneração viesse da partilha da poupança, do resultado do nosso investimento e trabalho". Estes contratos de eficiência hídrica com remuneração por desempenho estão em execução em 19 concelhos de Portugal.

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