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Descarbonização: Novas fontes de energia e novos produtos

A Caetano Bus com autocarro a hidrogénio H2.City Gold foi a vencedora nesta categoria

06 de Maio de 2021 às 14:00
Tiago Ramos, Hydrogen Bus Project leader da Caetano Bus.
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Vencedor
Autocarro a hidrogénio H2.City Gold, da Caetano Bus
Menção honrosa
Betão com cortiça, da Secil
"Webercol flex lev adesivo", adesivo multiuso superleve para colagem de cerâmica, pedra natural e mosaico hidráulico, da Saint-Gobain
N.º de candidaturas - 10

O balanço do júri
"As candidaturas foram de grande qualidade, foram bastante discutidas e apreciadas pelo júri que se debruçou sobre cada uma delas, as suas características, com um critério bem definido por cada componente de valorização dessas candidaturas", António Martins da Costa, presidente do júri.

A Caetano Bus com autocarro a hidrogénio H2.City Gold foi a vencedora nesta categoria, "pois representa dos passos mais disruptivos para o que é a utilização de tecnologias de eficiência energética e descarbonização no futuro", como disse António Martins da Costa, presidente do júri da descarbonização.

A Caetano Bus, do Grupo Salvador Caetano, é a maior fabricante de autocarros em Portugal. Foi fundada em 1946 por Salvador Caetano e ao longo dos anos desenvolveu carroçarias de madeira e alumínio, até que em 2010 enveredou pela mobilidade elétrica e hoje já comercializa autocarros a hidrogénio em seis países e dez cidades. "Somos dos poucos grupos a nível mundial a produzir autocarros movidos a pilha de hidrogénio, tecnologia identificada como estratégica rumo à neutralidade carbónica", referiu Tiago Ramos, Hydrogen Bus Project leader da Caetano Bus.

Revelou que a estratégia comercial passa ter várias soluções de mercado, que vai desde um veículo de aeroporto a um veículo urbano de curta e longa distância e porque não abraçar com soluções de zero emissões os veículos de longa distância de passageiros.

As duas menções honrosas destacaram-se pela utilização de matérias-primas em produtos que são mais eficientes e energeticamente menos emitentes e que estão no caminho da descarbonização.

No caso da Secil, o betão estrutural de cortiça foi desenvolvido especificamente para o terminal de cruzeiros de Lisboa, da autoria do arquiteto Carrilho da Graça, e em parceria também com a Amorim Revestimentos e o ITeCons da Universidade de Coimbra, como referiu Ângela Nunes, diretora do Centro Desenvolvimento de aplicações de cimento da Secil.

Este produto destaca-se pela leveza da estrutura que é cerca de 30% mais leve do que o betão corrente e isolamento térmico com poupanças da ordem dos 50% face ao betão corrente e, além disso a cortiça é um material renovável enquanto a pedra natural é um recurso finito.

O segundo produto é o adesivo multiuso superleve para colagem de cerâmica, pedra natural e mosaico hidráulico. Como explica Pedro Sequeira, diretor de operações da Saint-Gobain, é "uma argamassa que tem na sua composição mais de 30% de materiais revalorizados de outras indústrias. Este produto, além de ser 30% mais sustentável por causa dos materiais revalorizados, tem a particularidade de com 12,5 kg fazer o mesmo que um produto tradicional faz com 25 kg". Este produto mostra que "é possível desenvolver produtos inovadores com elevadas prestações técnicas utilizando materiais que não eram revalorizados. Sabemos que ainda estamos no início de uma longa caminhada da neutralidade carbónica da Saint-Gobain até 2050 e é um desafio muito grande".

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