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Consórcio conquista 12 milhões de euros para desenvolver estrutura de monitorização do solo

Portugal participa no projeto que tem como objetivo criar solos vigorosos em linha com a meta europeia de ter 75% dos solos saudáveis até 2030.

02 de Janeiro de 2023 às 09:08
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Um consórcio europeu vai desenvolver um projeto que visa monitorizar o solo em várias escalas e por utilizadores diferentes. O Benchmarks, nome dado ao projeto em que participa o Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acaba de ser financiado com 12 milhões de euros. 

A iniciar neste mês de janeiro, o projeto vai ser desenvolvido em 24 laboratórios vivos europeus. A iniciativa "pretende trabalhar dentro da missão europeia ‘Alimentação e Saúde do Solo’, que estabeleceu a meta de ter na Europa 75% dos solos saudáveis ou significativamente melhorados até à ao início da próxima década", afirma Luís Cunha, investigador responsável pelo projeto na Universidade de Coimbra.

O investigador acrescenta que "o Benchmarks foi também desenvolvido em linha com o Pacto Ecológico Europeu e a Estratégia do Prado ao Prato, bem como os preparativos para uma nova lei da União Europeia sobre a proteção da saúde do solo".

O projeto tem ainda definidos outros objetivos, nomeadamente "uma estrutura harmonizada e económica para medir a saúde do solo, a revisão dos indicadores propostos de SH&F [segurança, saúde e instalações] e benchmarks testados nos 24 estudos de caso de paisagem, uma ferramenta integrada de saúde do solo que demonstra as ligações entre indicadores, funções do solo e serviços ecossistémicos, e também uma base científica de esquemas de incentivo à saúde do solo para empresas da cadeia de valor", acrescenta Luís Cunha.

Com um período de execução de cinco anos, o Benchmarks vai estabelecer indicadores que requerem uma metodologia multidisciplinar, desde o uso de métodos focados nas propriedades físico-químicas do solo passando também pela biologia e bioquímica. Por outro lado, o foco a várias escalas exige a inclusão de métodos desde a biologia molecular até métodos de deteção remota e sistemas de informação geográfica.

Este é um projeto Horizonte 2020 que envolve países como Portugal, Áustria, República Checa, Finlândia, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suíça e Alemanha, "o que reflete uma grande diversidade cultural e profundamente multidisciplinar", conclui o investigador da FCTUC.

 

 

 

 

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