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“As empresas que não estejam alinhadas com as melhores práticas a ESG, são empresas onde não iremos investir”, escreveu Larry Fink, CEO da Blackrock, numa carta aos investidores do seu fundo, que é o maior private-equity do mundo. “Estamos a falar de um fundo que gere biliões, estamos a falar à escala de PIB da Alemanha ou de França ou do Reino Unido, que defende práticas sustentáveis das empresas como standards ESG (Environmental, Social, & Governance), diz António Martins da Costa, membro do conselho de administração executivo da EDP.
No sistema financeiro, a banca cada vez mais dá incentivos a que as empresas emitam obrigações verdes, as green bonds tendo a EDP emitido já 3,6 mil milhões de euros de emissões, uma das quais 800 milhões em dólares. “O mercado quer este tipo de instrumentos, e que as empresas sejam socialmente responsáveis, ambientalmente responsáveis e que tenham boa governance e é este o mundo para onde nós nos estamos a mover”.
Efeito pandémico
António Martins da Costa (na foto) também referiu que a pandemia de covid-19 teve um efeito paradoxal no mundo da energia. Quando se pensava que a desaceleração da economia, e baixa dos preços da energia nos mercados grossistas, tanto o petróleo, que é normalmente um grande marcador de todos os tempos dos mercados energéticos, como do gás, poderia deixar de haver incentivo para fazer investimentos em energias renováveis, mas aconteceu o contrário.
“A consciência social e os sinais que os investidores estão a dar no mercado financeiro vão nesse sentido, nós já passamos o no returning point de dizermos que ainda queremos estar em modelos de energia convencional com havia no passado, não estamos, a sociedade já não admitirá continuarmos a existir nesses modelos. Tanto assim, que nós vemos as majors oil companies, como a BP, a Total, a Shell, já anunciaram fortes investimentos na área das renováveis”, refere António Martins da Costa.
Administrador executivo da EDP
Administrador executivo da EDP
Partner da Deloitte