Opinião
Banca islandesa, a nova aposta do Goldman
O país dos vulcões tentou erguer o seu sector financeiro das cinzas após as violentas erupções da crise financeira.
E há investidores de peso a apostar em bancos islandeses, após Reiquejavique ter anunciado que iria levantar as medidas de controlo de capitais que se seguiram ao colapso dos seus maiores bancos. Com a limpeza do sector praticamente concluída, o Goldman Sachs e vários "hedge funds" entraram no capital do Arion Bank, a entidade financeira que absorveu os activos domésticos do falido Kaupthing Bank. O maior accionista do banco vendeu uma posição de 10%, sendo que entidades relacionadas com o Goldman Sachs ficaram com 2,6% da entidade financeira e a opção de comprarem mais antes de uma eventual entrada em bolsa. Bjarni Benediktsson, o primeiro-ministro islandês, disse à Bloomberg que este é "um grande marco" no processo de solução para os bancos falidos. Apesar disso, os "hedge funds" que apostam no banco e a própria Goldman Sachs têm um histórico de fazer apostas arriscadas. Mas com um rácio de capital de 26,5% e com as agências de "rating" a avaliar o Arion Bank acima de "lixo", a convicção aparenta ser a de que a banca islandesa é agora um vulcão extinto.
Jornalista