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22 de Fevereiro de 2017 às 19:51

543% na estreia em bolsa? É estranho, diz o regulador

Se além do efeito da estreia se juntar uma oferta pública inicial no segmento de pequenas e médias empresas na bolsa de Hong Kong, as entradas em bolsa podem mesmo ir do oito ao oitenta.

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O histórico das estreias em bolsa permite esperar quase todos os cenários para as acções no primeiro dia de negociação. Desde operações que foram alvo de um "marketing" que mascarou os fundamentos financeiros fracos de algumas empresas, que resultaram em estreias fracas das acções, a ofertas iniciais em que o número de acções não foi suficiente para satisfazer a procura, o que levou a subidas expressivas nos primeiros dias. Se além do efeito da estreia se juntar uma oferta pública inicial no segmento de pequenas e médias empresas na bolsa de Hong Kong, as entradas em bolsa podem mesmo ir do oito ao oitenta. Foi o que aconteceu com a GME Group Holdings, uma empresa especializada em escavar túneis. Logo na estreia, as acções dispararam 543%, segundo a Bloomberg. Mas o regulador decretou o fim da festa, suspendendo a negociação logo nas primeiras horas da sessão de estreia. Após um estudo que revelou que na bolsa de Hong Kong metade das estreantes com melhor desempenho na estreia chegam a perder 90% no mês seguinte, o regulador tomou medidas para poder proteger o mercado. Mas a questão colocada pelos gestores da GME também é pertinente. Se o regulador tem dúvidas, porque deu luz verde à entrada em bolsa?

 

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