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Wimbledon e o grande poder do ténis

Recomeçaram ontem as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia relativamente aos termos do Brexit.

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Donald Trump já anunciou que não vai a Londres enquanto não existirem condições para uma verdadeira festa. Tudo isso parece ser muito importante, mas nos últimos dias os olhos dos britânicos (e não só) estiveram virados para um dos mais emblemáticos torneios de ténis, onde só os vencedores encontram a glória, Wimbledon. Por isso, nos jornais ingleses, o tema de ontem é Wimbledon.

Ou seja, o ténis no seu momento supremo, onde se consagrou Roger Federer. Este disse: "Wimbledon sempre foi o meu torneio favorito, e sempre será. Os meus heróis caminharam por este solo e por estes relvados. Por causa deles penso que também me tornei um melhor jogador". Foi mel para a auto-estima dos britânicos. Kevin Mitchell, no "Guardian", escreve: "Roger Federer não é apenas um sobrevivente - é o mais velho na era dos Opens a ganhar um título individual em Wimbledon. Se fosse um actor, este seria o seu desempenho de uma vida para o Óscar. (…) Nada disto parecia possível há sete meses. Ninguém discutia a possibilidade de Federer reconstruir a sua aura, e de voltar a ser o melhor jogador do mundo."

No "Daily Telegraph", Paul Hayward acrescenta: "Roger Federer faz parte da história do desporto britânico". E, no "Independent", Nick Bollettieri acrescenta: "Quantas pessoas com sucesso na vida - nos negócios, na política, no desporto - têm a humildade que Federer mostra? (…) Que poderemos dizer mais sobre Federer? Ele está a um mês de ter 36 anos, mas no último dia dançou através dos 'courts' como um adolescente numa discoteca". Federer fica na história de Wimbledon. E no coração dos britânicos.
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