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Celso Filipe - Diretor-adjunto cfilipe@negocios.pt 05 de Dezembro de 2017 às 09:34

Reino Unido e Zona Euro, as duas missões impossíveis

Diz-se que tanto a União Europeia como o Reino Unido vão perder com o Brexit. Ainda assim, Wolfgang Münchau, neste jogo do ganha-perde, traça um quadro mais sombrio para os ingleses.


"O Reino Unido começou o caminho para o precipício quando a primeira-ministra Theresa May anunciou que o país deixaria o mercado único e a união aduaneira. O ponto crítico não chegará em 2019, mas quando o período de transição terminar. Há um fosso muito maior entre uma adesão à união aduaneira e um acordo comercial simples do que entre um acordo comercial simples e um acordo da Organização Mundial do Comércio", escreve Münchau no Financial Times.

Se o Reino Unido pode entrar em depressão, Rui Tavares, no Público, acredita que o euro está a sair dela e que o cenário neste final de 2017 é bem diferente. "A Zona Euro cresce mais do que os EUA e muito mais do que o Reino Unido do Brexit. A produção industrial e o PIB preparam-se para regressar aos valores pré-crise."

Ainda assim, a Zona Euro tem um longo caminho a percorrer. Ricardo Cabral enumera-os também no Público. "Os principais desafios para a Zona Euro são: adoptar uma política económica que ponha a Zona Euro a crescer mais rapidamente do que a dívida pública dos países membros; colocar os salários (e o emprego) a subir sustentadamente; responder directamente ao problema do sobreendividamento (externo) de muitos países-membros; e encontrar um mecanismo engenhoso e politicamente aceitável para implementar transferências orçamentais significativas, que funcionem como estabilizadores automáticos das economias da Zona Euro". Muito? "Parece missão impossível. Por conseguinte o risco de desapontamento e de desencanto é também enorme."



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