Opinião
O fim da todo-poderosa Rita Barberá
Rita Barberá foi, até há algum tempo, uma das mais poderosas mulheres de Espanha. Em Valência, era uma rainha.
Dizia-se que ela era Valência e Valência era ela. Mas em 2015 a sua estrela eclipsou-se, entre fumos de corrupção. O PP afastou-se dela como se fosse peste. Agora, só, faleceu de ataque cardíaco, num hotel de Madrid. Quando perdeu as eleições em 2015, perdeu o rumo. Lucía Mendez, no El Mundo, escreve: "A presidente era ela. A presidente de Valência. A presidente de Espanha. A presidente do mundo. A presidente de Aznar. A presidente de Rajoy. Podia ter sido ministra, mas escolheu ser autarca, e por isso não entendeu nada no dia em que abandonou a Câmara Municipal. E morreu sem entender. (…) Não quis escutar os que lhe disseram para procurar outra vida porque ela não era muito de escutar, mas de dar ordens, de apertar mãos, de falar e falar sem parar, enquanto os outros escutavam. Que remédio."
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