Opinião
Donald Tusk, o cisma polaco e o Reino Unido
A reunião do Conselho Europeu foi animada. Theresa May foi uma das estrelas. Segundo parece não foi à reunião para falar do Brexit, mas em Bruxelas só queriam que ela falasse disso. Resultado: uma conversa de surdos.
Mais emocionante foi a reeleição de Donald Tusk. Dos 28 líderes europeus, 27 votaram nele. Só um votou contra: a Polónia, a sua pátria. O resultado é embaraçoso para a Polónia em termos internacionais e também, em termos internos, para o Partido da Lei e da Justiça, que governa o país. Segundo parece, os outros líderes não quiseram que a lavagem de roupa suja na política interna polaca contaminasse a sua decisão e, além disso, ainda troçaram dos esforços da Polónia para tentar evitar a eleição de Tusk. Este respondeu à altura à tentativa de veto polaco: "Eu preparei a minha mais amada citação: cuidado com as pontes que queimaste porque quando elas desaparecem não as podes cruzar outra vez. Eu quero dedicar esta citação a todos os Estados-membros. Mas hoje especialmente ao governo polaco." Em Varsóvia, não devem ter ficado satisfeitos.
Mais artigos do Autor
Obrigado por este bocadinho
28.11.2018
Ministério da Incultura?
27.11.2018
A Rota da Seda entre a China e Portugal
26.11.2018
Costa e a política líquida
26.11.2018
A dança das culpas
25.11.2018
O país do desenrasca
20.11.2018