Opinião
As múltiplas encruzilhadas da Catalunha
O extremismo está à solta na Catalunha. E resta agora saber, depois da decisão de Mariano Rajoy, de suspender (um pouco) a autonomia catalã e convocar novas eleições para a região, quais serão as cenas dos próximos capítulos.
No El País, o escritor Javier Marías ficou chocado como alguns independentistas falaram de "métodos de tortura" da polícia no "plebiscito" de 1 de Outubro. E escreve: "A grande ofensa é contra os que estão ou estiveram na verdade oprimidos e privados de liberdade, contra quem não desfrutou de um átomo de democracia nas suas vidas e jamais votaram. Para começar contra todos os espanhóis, que vivemos e padecemos o franquismo, sob o qual não havia partidos políticos ou qualquer liberdade de expressão e um estudante podia passar dois anos na prisão por atirar gravilha; um sindicalista, nem falemos. Não apenas os catalães o sofreram. É uma ofensa contra as populações do Iraque e da Síria que estão ou estiveram debaixo do Daesh, onde isso sim é opressão e humilhação. (…) Falar dos 'métodos de tortura' da polícia no 1 de Outubro (…) é uma ofensa aos que sofreram torturas verdadeiras no mundo."
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