Opinião
A rebelião das bases no PSOE espanhol
Depois de meses de uma campanha cheia de acusações, traições e discursos inimagináveis, os 187.949 militantes socialistas do PSOE lideraram a revolta contra a decisão do Comité Federal, que demitiu Pedro Sánchez de secretário-geral e permitiu a abstenção que levou novamente ao poder.
Mas aquela demissão tornou Sánchez líder das bases. No domingo os militantes votaram e recolocaram-no no poder, com 50,21% dos votos, contra 39,94% para Susana Díaz . No El Mundo, Pedro G. Cuartango reflecte sobre o assunto: "O grande pecado original dos barões foi a conspiração de palácio para derrubar Pedro Sánchez, que tinha a legitimidade de ter sido eleito nas primárias. Aquela manobra suja converteu-o numa vítima e revelou que os seus adversários estavam dispostos a tudo para manter o controlo do partido. Não o conseguiram porque o vencedor soube capitalizar o descontentamento dos filiados, enquanto Susana Díaz optava por uma estratégia desastrosa: aparecer com todos os líderes socialistas que representavam o passado como González, Guerra, Zapatero e Rubalcaba." Mais: "Ainda bem que Susana Díaz perdeu porque teria sido uma má secretária-geral e uma pior candidata às eleições."
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