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Como sustentar milionários... depois dos 65

Quando um país chega ao ponto de pagar a um reformado, durante 17 anos (tempo médio de vida depois de deixar o activo), mais do que ele descontou durante 40 anos (capital descontado mais a taxa de valorização), a falência é certa.

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A menos que se tomem medidas duras, como fez o Governo. O problema é que, à boa maneira portuguesa, não levou a reforma até ao fim. Se o tivesse feito, acabaria com as reformas milionárias a cargo do sistema público de Segurança Social: aquelas que, justamente, tanta comoção provocam na opinião pública. Bastava fixar um limite para as reformas do sistema público, limitando também as contribuições (quem quisesse receber uma pensão choruda, depois dos 65, descontaria o resto para fundos privados...). Era isto que se esperava de um governo socialista: que garantisse uma reforma digna a quem trabalhou 40 anos; não que sustentasse milionários depois dos 65. Não é essa a função da Segurança Social. Sócrates, como Guterres em 2001, refugiou-se na desculpa esfarrapada do défice da Segurança Social (por causa da diminuição das contribuições). Esquece-se que, ao manter o sistema como está, afecta a sua sustentabilidade no longo prazo. Mas que interessa isso? No longo prazo, outros virão. E eles que fechem a porta.
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