A BMW vai de vento em popa mas tem alguns rochedos pela frente. Vai investir 315 milhões de euros para aumentar a capacidade produtiva do Mini no Reino Unido nos próximos 3 anos. Sendo o carro oficial dos Jogos Olímpicos de Londres, a BMW conta expandir o sucesso mundial do famoso modelo. Mas é aí que estão os rochedos… A BMW ultrapassou a Nissan, que tinha proposto ao Comité Olímpico uma frota de carros elétricos. Anuncia que a "sustentabilidade está embebida em tudo o que fazemos" e tenta projetar a imagem de uma companhia virada para o verde. Mas por outro lado opõe-se às propostas da Comissão Europeia para baixar os limites das emissões de carbono nos carros a vender na União Europeia em 2020. Uma hipocrisia em que a BMW não está só: o lóbi da indústria automóvel alemã procura atrasar a legislação de proteção ambiental, ainda que os seus anúncios digam o contrário.

BOEING. A fabricante americana de aviões recebeu uma encomenda muito interessante: a Air Lease Corporation quer 75 Boeings 737, com possibilidade de adquirir mais 25. A preços de tabela, estamos a falar de uma encomenda de 5.800 milhões de euros. Pode a Boeing sorrir de despreocupação com a entrada da europeia Airbus no mercado americano… O 737, um jato de última geração, já passou as 1.000 unidades encomendadas.

MICHEL BARNIER. O comissário europeu para os Mercados Financeiros quer tirar lições do escândalo Libor. Michel Barnier vai propôr a alteração da legislação comunitária de forma a colmatar os vazios legais e passar a considerar como crime a "manipulação dos índices de referência", como é o caso daquela taxa interbancária. Barnier considerou o escândalo do Barclays como uma "traição" que poderá ter "consequências sistémicas" para o setor da banca.