Opinião
A política Posh
Victoria Beckham, cantora das extintas Spice Girls, ficou conhecida como "Posh" porque era chique e superior. A sua imagem pretensiosa fez escola na política europeia.
Victoria Beckham, cantora das extintas Spice Girls, ficou conhecida como "Posh" porque era chique e superior. A sua imagem pretensiosa fez escola na política europeia.
A elite política que tem governado a Europa tornou-se uma versão em botox de Posh Spice. Com a diferença que nem sequer sabe cantar. A geração de políticos que governa a Europa já nem sabe o que é a realidade e para eles o desemprego galopante que está a fracturar a sociedade é apenas um número. Os grandes homens discutem ideias, os pequenos preocupam-se em ter coisas.
E a Europa está cheia de pequenos políticos. Se a crise financeira abateu a classe que desgovernava a Europa, a ressaca do desemprego e do fim da estabilidade social está a dinamitar a que lhe sucedeu.
No meio da cicuta a que se deu o nome de austeridade há quem perceba que algo deve ser feito para que a Europa não se torne um imenso Bidonville. Angela Merkel, quando olhava para a Europa ao espelho, via o mesmo que Dorian Gray: só que o seu tempo envelheceu. Como Mário Monti, cada vez mais aliado a Durão Barroso e, futuramente, a François Hollande, já entendeu, com a política suicida de austeridade esta Europa implodirá em breve.
Os próprios EUA já o dizem em voz alta. A política de austeridade como um fim acabou. E com ele está a terminar o mundo dos políticos Posh que desaprenderam a arte do compromisso e nunca perceberam o que é a realidade. A Europa tem estado a destruir a mobilidade social e o seu próprio futuro. Face a isso o euro é apenas um conto de fadas. Resta agora ver se Passos Coelho e Vítor Gaspar já perceberam que o tempo é outro.
A elite política que tem governado a Europa tornou-se uma versão em botox de Posh Spice. Com a diferença que nem sequer sabe cantar. A geração de políticos que governa a Europa já nem sabe o que é a realidade e para eles o desemprego galopante que está a fracturar a sociedade é apenas um número. Os grandes homens discutem ideias, os pequenos preocupam-se em ter coisas.
No meio da cicuta a que se deu o nome de austeridade há quem perceba que algo deve ser feito para que a Europa não se torne um imenso Bidonville. Angela Merkel, quando olhava para a Europa ao espelho, via o mesmo que Dorian Gray: só que o seu tempo envelheceu. Como Mário Monti, cada vez mais aliado a Durão Barroso e, futuramente, a François Hollande, já entendeu, com a política suicida de austeridade esta Europa implodirá em breve.
Os próprios EUA já o dizem em voz alta. A política de austeridade como um fim acabou. E com ele está a terminar o mundo dos políticos Posh que desaprenderam a arte do compromisso e nunca perceberam o que é a realidade. A Europa tem estado a destruir a mobilidade social e o seu próprio futuro. Face a isso o euro é apenas um conto de fadas. Resta agora ver se Passos Coelho e Vítor Gaspar já perceberam que o tempo é outro.
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