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Porque veio a covid-19?

Os eventos biológicos, ao contrário de terramotos, furacões, entre outros, são os únicos que podem ser transversais a todo o mundo, e que por isso afetam todos. Por outro lado, não se sabe quando terminam, ao contrário de um furacão (ou outro) que termina no curto prazo.

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Porque veio a covid-19? A resposta literal a esta questão já tem sido apresentada há algum tempo, sendo o ponto de partida Wuhan.

Noutra perspetiva menos ortodoxa, a epidemia da covid-19 veio alterar o mundo no curto prazo e, veremos se e como, também o fará no longo prazo. Acabou por vir mostrar-nos que somos mais frágeis do que pensávamos, que o nosso modelo de vida não é assim tão seguro como achávamos, mas também que a poluição pode ser minorada, que podemos trabalhar de formas diferentes e que podemos apreciar outras coisas na vida. Que estar sozinho connosco mesmos também pode ser bom, mas que também valorizamos agora mais o bom que é estar a conviver com outros e que o deveríamos fazer mais vezes (basta ir a Espanha e ver as pessoas a encher as esplanadas em grande convívio, em vez de se fecharem em casa).

 

A covid-19 veio para nos fazer parar e refletir, e esperemos que nos ajude a mudar a vida para melhor.

 

Muito infelizmente, também veio fazer vítimas (que esperemos sejam poucas), e ter um impacto muito negativo na economia e, por consequência, um forte impacto social.

 

Em relação a Portugal, há que saber gerir bem durante a epidemia. Depois desta, há muito trabalho e mudanças a fazer.

 

Mas creio que a grande evolução na área da gestão e das empresas para Portugal pode ser o aproveitar este momento para tentar, entre outros, uma melhoria da gestão de processos e de métodos de trabalho, incluindo o teletrabalho; a diminuição da "reunite aguda" e melhor preparação e disciplina nas reuniões que realmente são importantes; e aproveitar o potencial que existe em muitos trabalhadores e que agora se pode tornar mais visível ao se estar a delegar tarefas nesta descentralização "forçada". O valor de muitas pessoas que estava "escondido" com o anterior método de gestão e liderança, pode tornar-se agora mais visível e por isso ser mais aproveitado. Assim os líderes o permitam e saibam gerir bem.

 

Tudo isto poderá ajudar o nosso país a finalmente ter elevadas melhorias de produtividade, o nosso grande problema empresarial (não esqueço que a maior dificuldade será, contudo, o acesso a capital).

 

Mas depois da tempestade, virá a bonança. Portugal não perdeu o seu potencial, tendo de estar atento a oportunidades e acreditarmos!

 

Gestor e Docente Universitário

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