Opinião
A esquina do Rio
Pouca gente terá reparado que o Governo andou a fazer uma luta surda com a RTP até conseguir o que queria - ter uma palavra a dizer na composição do conselho de administração da empresa concessionária do serviço público de Rádio e Televisão.
Back to basics
Perseguimos os pequenos ladrões enquanto nomeamos os grandes para cargos públicos.
Esopo
Um conselho inútil
Pouca gente terá reparado que o Governo andou a fazer uma luta surda com a RTP até conseguir o que queria - ter uma palavra a dizer na composição do conselho de administração da empresa concessionária do serviço público de Rádio e Televisão. O caso deu-se graças a uma das maiores asneiras do ministro Poiares Maduro, no anterior governo, que foi a criação do Conselho Geral Independente (CGI). Maduro criou um órgão de supervisão, que ele próprio nomeou, e que integrou vários bonzos que em comum tinham o facto de pouco ou nada perceberem de comunicação e muito menos de audiovisual. O Conselho Geral Independente foi inspirado por um órgão da BBC que, nessa altura, já estava em desuso e debaixo de crítica. Este grupo de bonzos, que no léxico comum rapidamente se tornou conhecido por Conselho Geral Inútil, cumpriu o caderno de encargos que recebeu, afastou Alberto da Ponte e introduziu uma nova equipa que escolheu com o óbvio "agreement" - se não inspiração - do ministro Maduro. Ao longo dos anos que leva de vida, conhece-se-lhe pouca obra, nenhuma recomendação inovadora e interessante. Há meses, decidiu fazer prova de vida e apontou o caminho da porta a Nuno Artur Silva com base numa situação que se arrastava há anos e que tinha que ver com a sua participação accionista numa empresa de produção e num canal de cabo - tudo isto já existia antes de o próprio CGI o convidar a ir para a RTP. O CGI teve a ilusão de que escolhe quem quiser, esquecendo-se de que, pelo menos na área do administrador com o pelouro financeiro, há que haver o acordo do Governo. Não o procurou e Centeno deixou ficar a coisa a aboborar, fazendo finca-pé em ser ele a dar o nome. Foi o que agora aconteceu. Do CGI, como de costume, não se ouviu um ai. Cumpriram e calaram - na sua génese está o não fazer nada. É este espírito que mata o serviço público de rádio e televisão.
Semanada
• Em 2017, prescreveram mais de 61 mil infracções de trânsito e o número de multas por pagar duplicou no prazo de um ano • os portugueses gastam, em média, 70 euros por mês em transportes • as administrações regionais de saúde gastaram 1,8 milhões de euros em táxis num ano, ou seja, cerca de metade do orçamento de transportes • o investimento público no ano passado ainda ficou 8% abaixo do registado no auge da crise, em 2013 • Ana Gomes, eurodeputada socialista, afirmou que o próximo Congresso do seu partido, que se realiza no final de Maio, é uma "oportunidade para escalpelizar como [o PS] se prestou a ser instrumento de corruptos e criminosos" • nos últimos dias, surgiram várias reportagens a demonstrar que há deputados que quase duplicam o salário parlamentar com extras de duvidosa ética • Portugal continua entre os piores países da Europa no que toca ao desemprego jovem • três em quatro desempregados jovens não estudam nem nunca trabalharam • Vieira da Silva, ministro da Solidariedade e Segurança Social, demorou quase dois anos a aprovar a auditoria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa • "Vieira da Silva não é aquele ministro que não deu por nada no caso das Raríssimas?", perguntou Luís Afonso, no Bartoon.
Dixit
"Já não são sapos, são elefantes que vocês engolem."
Miguel Albuquerque
dirigindo-se ao BE e ao PCP.
Provar
Um dos mais importantes museus de Lisboa é o da Fundação Gulbenkian, que aliás nos últimos tempos tem vindo a melhorar de forma significativa a sua oferta, fazendo redescobrir muito do seu acervo. Mas um museu com este posicionamento, ponto de atracção turístico, e um dos projectos de arquitectura e de enquadramento paisagístico mais importantes de Lisboa, não devia deixar que as suas unidades de restauração - bares e restaurantes - fossem aquilo que são. Pela sua actividade cultural, facilmente se poderá comparar o Museu Calouste Gulbenkian a outros grandes museus internacionais - mas, nestes últimos, o cuidado posto nas zonas complementares de recepção de visitantes é muito diferente. A concessionária de espaços de restauração da Gulbenkian é uma das maiores empresas nacionais de fornecimento de refeições, a Cerger. Depois da experiência que tive no fim-de-semana passado, só me ocorre dizer que os responsáveis da empresa (e, já agora, quem na Gulbenkian os contratou) deviam fazer uma visita de estudo a cafetarias e restaurantes noutros grandes museus internacionais (basta, aliás, ir aqui ao lado, a Madrid). Se isso não chegar, aconselho que vão trabalhar durante o Verão para qualquer McDonald's, para perceberem o que é um processo de trabalho e de atendimento escorreito - e de controlo de qualidade também. Gostaria de dizer que o pessoal que estava trabalhar é muito superior à qualidade do processo do local, penoso, incompreensível. Não basta ter uma casa bonita e com muito que ver. É preciso tratar bem os visitantes - e o concessionário escolhido pela Gulbenkian, decididamente, não ajuda a Fundação nesta área.
Folhear
Poucas publicações nascidas já neste século se podem gabar de estarem ainda vivas. Felizmente, é o caso da Egoísta, que agora completou 18 anos, ao longo dos quais alcançou 81 prémios nacionais e internacionais - o que a torna na revista europeia mais premiada de todos os tempos. Desde o início editada por Patrícia Reis, e com um conceito gráfico original de Henrique Cayatte, a Egoísta foi possível graças à vontade do seu director, Mário Assis Ferreira, e da empresa que a lançou, o Grupo Estoril-Sol. Ao longo de toda a sua existência, a Egoísta, editada trimestralmente, acolheu escritores, fotógrafos, políticos, artistas. Tem sido generosa com as suas páginas. Nesta edição do 18.º aniversário, destaco um texto de Hélia Correia, ilustrado por Ilda David - "Mãe", os portefólios de fotografia "Youth", de Lena Pogrebnaya, e sobretudo o magnífico "A Dupla Vida da Gente", de Estelle Valente. E, claro, o eterno "Cartas A Um Jovem Poeta", de Rainer Maria Rilke, quase a encerrar este número 63: "Não tire conclusões demasiado apressadas daquilo que lhe acontece: deixe-o simplesmente acontecer."
Gosto
Duas décadas depois de ter sido extinto, o eléctrico 24 voltou a ligar Campolide ao Largo Camões.
Não gosto
Continuam os sucessivos atrasos da Parque Escolar na aprovação e realização de obras na degradada Escola Secundária Camões.
Ver
Volta e meia, somos surpreendidos pelo olhar que alguém de fora consegue ter sobre nós. A forma e a distância de observação do nosso mundo por quem "é de fora" leva-nos a ver o que tínhamos considerado vulgar, a ponto de não lhe darmos a importância que de facto tem. Penelope Curtis, a britânica que em 2015 deixou a Tate Britain para vir dirigir o Museu Calouste Gulbenkian, é um bom exemplo disto mesmo. A nova exposição, que ocupa a galeria principal do museu até 10 de Setembro, chama-se "Pós-Pop, Fora do lugar-comum - desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965-1975". A exposição é baseada no período entre 1965 e 1975 e apresenta uma selecção de artistas ingleses que trabalharam fora da Pop e de artistas portugueses que no estrangeiro, e sobretudo em Londres, procuraram desenvolver o seu trabalho de uma forma livre. A curadoria foi de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas e inclui obras de um grande número de artistas portugueses, de Manuel Baptista a João Cutileiro, passando, entre outros, por Clara Menéres, José de Guimarães, Eduardo Batarda, Paula Rego, René Bertholo, Sérgio Pombo, João Vieira, Lourdes Castro, José Escada, Ana Hatherly, António Palolo, João Abel Manta, Maria José Aguiar, Ruy Leitão e Teresa Magalhães (na imagem), que, como Penelope Curtis salienta, está em destaque na exposição. Também Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas sublinham "a qualidade do trabalho que Teresa Magalhães realizou nesses anos, fora da escola", fazendo notar que "para a grande maioria dos professores (em Belas-Artes), não existia a Pop nem nenhuma da arte realizada no pós-guerra, uma vez que o ensino artístico ecoava o hiato temporal em que o país vivia". É, na realidade, uma exposição emocionante - e não estou a exagerar nas palavras. É um olhar especial sobre uma época única e assim se percebe que, apesar do que aqui se passava, existiam artistas que procuravam acompanhar o compasso de criatividade de outros países, com um olhar diferente sobre Portugal.
Arco da velha
Na Assembleia Municipal de Lisboa, o PSD votou contra uma moção que o próprio PSD apresentou.
Ouvir
Ao longo das suas carreiras, Ella Fitzgerald e Louis Armstrong actuaram muito frequentemente ao vivo e realizaram numerosas gravações em conjunto. "Cheek To Cheek: The Complete Duet Recordings" é uma nova caixa de quatro CD que junta todas as suas interpretações clássicas numa só edição. Aqui estão versões remasterizadas de três álbuns originais - "Ella And Louis" (1956), "Ella And Louis Again" (1957) e "Porgy And Bess" (também gravado em 1957), oito singles (gravados entre 1946 e 1950), gravações originais realizadas no Hollywood Bowl e diversos registos de versões que não foram utilizadas nos discos finais, alguns com divertidos diálogos entre Ella e Louis. Além disso, há material inédito em disco, como a versão de "The Memphis Blues" no programa de rádio de Bing Crosby, e até uma versão apenas instrumental de "Red Headed Woman". Ao todo, são 74 faixas e a caixa inclui ainda um ensaio de Ricky Riccardi, considerado um dos grandes especialistas na obra de Louis Armstrong, além de anotações detalhadas sobre as gravações, as notas de capa dos LP originais e imagens raras de arquivo. Como Riccardi escreveu: "A música que Louis Armstrong e Ella Fitzgerald fizeram em conjunto constitui a bíblia do jazz vocal. Tudo o que precisa de conhecer está aqui." A edição é da Verve/Universal e está disponível em Portugal.
Perseguimos os pequenos ladrões enquanto nomeamos os grandes para cargos públicos.
Esopo
Um conselho inútil
Pouca gente terá reparado que o Governo andou a fazer uma luta surda com a RTP até conseguir o que queria - ter uma palavra a dizer na composição do conselho de administração da empresa concessionária do serviço público de Rádio e Televisão. O caso deu-se graças a uma das maiores asneiras do ministro Poiares Maduro, no anterior governo, que foi a criação do Conselho Geral Independente (CGI). Maduro criou um órgão de supervisão, que ele próprio nomeou, e que integrou vários bonzos que em comum tinham o facto de pouco ou nada perceberem de comunicação e muito menos de audiovisual. O Conselho Geral Independente foi inspirado por um órgão da BBC que, nessa altura, já estava em desuso e debaixo de crítica. Este grupo de bonzos, que no léxico comum rapidamente se tornou conhecido por Conselho Geral Inútil, cumpriu o caderno de encargos que recebeu, afastou Alberto da Ponte e introduziu uma nova equipa que escolheu com o óbvio "agreement" - se não inspiração - do ministro Maduro. Ao longo dos anos que leva de vida, conhece-se-lhe pouca obra, nenhuma recomendação inovadora e interessante. Há meses, decidiu fazer prova de vida e apontou o caminho da porta a Nuno Artur Silva com base numa situação que se arrastava há anos e que tinha que ver com a sua participação accionista numa empresa de produção e num canal de cabo - tudo isto já existia antes de o próprio CGI o convidar a ir para a RTP. O CGI teve a ilusão de que escolhe quem quiser, esquecendo-se de que, pelo menos na área do administrador com o pelouro financeiro, há que haver o acordo do Governo. Não o procurou e Centeno deixou ficar a coisa a aboborar, fazendo finca-pé em ser ele a dar o nome. Foi o que agora aconteceu. Do CGI, como de costume, não se ouviu um ai. Cumpriram e calaram - na sua génese está o não fazer nada. É este espírito que mata o serviço público de rádio e televisão.
• Em 2017, prescreveram mais de 61 mil infracções de trânsito e o número de multas por pagar duplicou no prazo de um ano • os portugueses gastam, em média, 70 euros por mês em transportes • as administrações regionais de saúde gastaram 1,8 milhões de euros em táxis num ano, ou seja, cerca de metade do orçamento de transportes • o investimento público no ano passado ainda ficou 8% abaixo do registado no auge da crise, em 2013 • Ana Gomes, eurodeputada socialista, afirmou que o próximo Congresso do seu partido, que se realiza no final de Maio, é uma "oportunidade para escalpelizar como [o PS] se prestou a ser instrumento de corruptos e criminosos" • nos últimos dias, surgiram várias reportagens a demonstrar que há deputados que quase duplicam o salário parlamentar com extras de duvidosa ética • Portugal continua entre os piores países da Europa no que toca ao desemprego jovem • três em quatro desempregados jovens não estudam nem nunca trabalharam • Vieira da Silva, ministro da Solidariedade e Segurança Social, demorou quase dois anos a aprovar a auditoria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa • "Vieira da Silva não é aquele ministro que não deu por nada no caso das Raríssimas?", perguntou Luís Afonso, no Bartoon.
Dixit
"Já não são sapos, são elefantes que vocês engolem."
Miguel Albuquerque
dirigindo-se ao BE e ao PCP.
Provar
Um dos mais importantes museus de Lisboa é o da Fundação Gulbenkian, que aliás nos últimos tempos tem vindo a melhorar de forma significativa a sua oferta, fazendo redescobrir muito do seu acervo. Mas um museu com este posicionamento, ponto de atracção turístico, e um dos projectos de arquitectura e de enquadramento paisagístico mais importantes de Lisboa, não devia deixar que as suas unidades de restauração - bares e restaurantes - fossem aquilo que são. Pela sua actividade cultural, facilmente se poderá comparar o Museu Calouste Gulbenkian a outros grandes museus internacionais - mas, nestes últimos, o cuidado posto nas zonas complementares de recepção de visitantes é muito diferente. A concessionária de espaços de restauração da Gulbenkian é uma das maiores empresas nacionais de fornecimento de refeições, a Cerger. Depois da experiência que tive no fim-de-semana passado, só me ocorre dizer que os responsáveis da empresa (e, já agora, quem na Gulbenkian os contratou) deviam fazer uma visita de estudo a cafetarias e restaurantes noutros grandes museus internacionais (basta, aliás, ir aqui ao lado, a Madrid). Se isso não chegar, aconselho que vão trabalhar durante o Verão para qualquer McDonald's, para perceberem o que é um processo de trabalho e de atendimento escorreito - e de controlo de qualidade também. Gostaria de dizer que o pessoal que estava trabalhar é muito superior à qualidade do processo do local, penoso, incompreensível. Não basta ter uma casa bonita e com muito que ver. É preciso tratar bem os visitantes - e o concessionário escolhido pela Gulbenkian, decididamente, não ajuda a Fundação nesta área.
Folhear
Poucas publicações nascidas já neste século se podem gabar de estarem ainda vivas. Felizmente, é o caso da Egoísta, que agora completou 18 anos, ao longo dos quais alcançou 81 prémios nacionais e internacionais - o que a torna na revista europeia mais premiada de todos os tempos. Desde o início editada por Patrícia Reis, e com um conceito gráfico original de Henrique Cayatte, a Egoísta foi possível graças à vontade do seu director, Mário Assis Ferreira, e da empresa que a lançou, o Grupo Estoril-Sol. Ao longo de toda a sua existência, a Egoísta, editada trimestralmente, acolheu escritores, fotógrafos, políticos, artistas. Tem sido generosa com as suas páginas. Nesta edição do 18.º aniversário, destaco um texto de Hélia Correia, ilustrado por Ilda David - "Mãe", os portefólios de fotografia "Youth", de Lena Pogrebnaya, e sobretudo o magnífico "A Dupla Vida da Gente", de Estelle Valente. E, claro, o eterno "Cartas A Um Jovem Poeta", de Rainer Maria Rilke, quase a encerrar este número 63: "Não tire conclusões demasiado apressadas daquilo que lhe acontece: deixe-o simplesmente acontecer."
Gosto
Duas décadas depois de ter sido extinto, o eléctrico 24 voltou a ligar Campolide ao Largo Camões.
Não gosto
Continuam os sucessivos atrasos da Parque Escolar na aprovação e realização de obras na degradada Escola Secundária Camões.
Ver
Volta e meia, somos surpreendidos pelo olhar que alguém de fora consegue ter sobre nós. A forma e a distância de observação do nosso mundo por quem "é de fora" leva-nos a ver o que tínhamos considerado vulgar, a ponto de não lhe darmos a importância que de facto tem. Penelope Curtis, a britânica que em 2015 deixou a Tate Britain para vir dirigir o Museu Calouste Gulbenkian, é um bom exemplo disto mesmo. A nova exposição, que ocupa a galeria principal do museu até 10 de Setembro, chama-se "Pós-Pop, Fora do lugar-comum - desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965-1975". A exposição é baseada no período entre 1965 e 1975 e apresenta uma selecção de artistas ingleses que trabalharam fora da Pop e de artistas portugueses que no estrangeiro, e sobretudo em Londres, procuraram desenvolver o seu trabalho de uma forma livre. A curadoria foi de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas e inclui obras de um grande número de artistas portugueses, de Manuel Baptista a João Cutileiro, passando, entre outros, por Clara Menéres, José de Guimarães, Eduardo Batarda, Paula Rego, René Bertholo, Sérgio Pombo, João Vieira, Lourdes Castro, José Escada, Ana Hatherly, António Palolo, João Abel Manta, Maria José Aguiar, Ruy Leitão e Teresa Magalhães (na imagem), que, como Penelope Curtis salienta, está em destaque na exposição. Também Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas sublinham "a qualidade do trabalho que Teresa Magalhães realizou nesses anos, fora da escola", fazendo notar que "para a grande maioria dos professores (em Belas-Artes), não existia a Pop nem nenhuma da arte realizada no pós-guerra, uma vez que o ensino artístico ecoava o hiato temporal em que o país vivia". É, na realidade, uma exposição emocionante - e não estou a exagerar nas palavras. É um olhar especial sobre uma época única e assim se percebe que, apesar do que aqui se passava, existiam artistas que procuravam acompanhar o compasso de criatividade de outros países, com um olhar diferente sobre Portugal.
Arco da velha
Na Assembleia Municipal de Lisboa, o PSD votou contra uma moção que o próprio PSD apresentou.
Ouvir
Ao longo das suas carreiras, Ella Fitzgerald e Louis Armstrong actuaram muito frequentemente ao vivo e realizaram numerosas gravações em conjunto. "Cheek To Cheek: The Complete Duet Recordings" é uma nova caixa de quatro CD que junta todas as suas interpretações clássicas numa só edição. Aqui estão versões remasterizadas de três álbuns originais - "Ella And Louis" (1956), "Ella And Louis Again" (1957) e "Porgy And Bess" (também gravado em 1957), oito singles (gravados entre 1946 e 1950), gravações originais realizadas no Hollywood Bowl e diversos registos de versões que não foram utilizadas nos discos finais, alguns com divertidos diálogos entre Ella e Louis. Além disso, há material inédito em disco, como a versão de "The Memphis Blues" no programa de rádio de Bing Crosby, e até uma versão apenas instrumental de "Red Headed Woman". Ao todo, são 74 faixas e a caixa inclui ainda um ensaio de Ricky Riccardi, considerado um dos grandes especialistas na obra de Louis Armstrong, além de anotações detalhadas sobre as gravações, as notas de capa dos LP originais e imagens raras de arquivo. Como Riccardi escreveu: "A música que Louis Armstrong e Ella Fitzgerald fizeram em conjunto constitui a bíblia do jazz vocal. Tudo o que precisa de conhecer está aqui." A edição é da Verve/Universal e está disponível em Portugal.
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