Opinião
A esquina do Rio
Confortado pelo título de campeão, o país prepara-se para ir de férias. Mas há quem já aparente estar em "supimpo" descanso
Back to basics
Na vida, como no futebol, ninguém vai longe se não souber onde está a baliza.
Arnold H. Glasow
Veraneios
Confortado pelo título de campeão, o país prepara-se para ir de férias. Mas há quem já aparente estar em "supimpo" descanso: a oposição entrou em modo de pausa entre a bola e as sanções, fazendo piruetas para se livrar das ondas de choque Barroso e, sobretudo, sem ser capaz de criar um discurso alternativo ou de marcar a agenda política. Quanto a acções de comunicação, então o caso ainda é pior, e o silêncio tem sido ensurdecedor. Pelo seu lado, o Governo multiplica-se em actividades de lés a lés, numa roda-viva de ministros que prometem fazer este Verão mais digressões do que os cantores nas festas populares. António Costa dá o exemplo na iniciativa "Estado da Nação: Prestar Contas", em que vai directamente falar com os militantes do PS, em sessões onde aborda a conjuntura actual, sobretudo das relações com Bruxelas e do espectro das sanções. Enquanto o PS se dedica à política, o PSD dedica-se à politiquice e já abundam relatos de rivalidades na escolha de candidatos a uma série de Câmaras Municipais nas eleições autárquicas do próximo ano. Enquanto isso, assiste-se mais uma vez, por todo o país, ao lamentável espectáculo da proliferação de obras promovidas por autarquias em período pré-eleitoral. Já nem falo do caso de Lisboa, que é particularmente escandaloso. Circulando nas estradas, nota-se um regresso da construção de rotundas e de outros devaneios semelhantes. Mais uma vez, os grandes ciclos de obras coincidem com a aproximação de eleições autárquicas, no mais velho jogo desde que há votos: garantir uma lista de realizações que possam dar a ideia de que alguma coisa mudou. Na maior parte das vezes só muda a paisagem, e nem sempre para melhor. E o objectivo é sempre o mesmo - sacar mais uns votos a incautos.
Dixit
"O país onde vemos um maior risco de existir uma crise da dívida soberana é em Portugal; onde vemos o maior risco de uma crise bancária é em Itália."
Patrick Artus, Economista-chefe do Natixis
Semanada
• Em resposta à decisão do Ecofin, António Costa afirmou que não vão ser tomadas medidas extraordinárias para evitar sanções por défice excessivo • a emissão de dívida portuguesa realizada um dia depois do Ecofin foi feita com juros superiores a 3%, um valor mais alto do que em leilões anteriores e o dobro do juro conseguido pela dívida espanhola • o presidente da CMVM está há dez meses à espera de ser substituído • o Estado já deve 50 milhões de euros à REN por falta de pagamentos para o fundo de redução da dívida tarifária do sistema eléctrico • o crescimento da economia irlandesa em 2015 passou de uma previsão de 7,8% para 26,3% • o exame de Matemática do 9.º ano registou a segunda pior média de sempre, com cerca de 50% dos alunos a terem nota negativa • o preço das casas em Portugal subiu 12,75% desde 2013 • os bancos italianos têm o equivalente a duas vezes o valor do PIB português em crédito malparado • no Conselho de Estado, para usar a terminologia do Watergate, houve uma garganta funda que veio contaro que lá se passou • cresceu o número de turistas na Margem Sul • o submarino português Tridente ficou preso nas redes de um barco de pesca francês em águas britânicas • a agência Bloomberg fez um perfil da dirigente centrista Assunção Cristas, cuja actuação, afirma, está a eclipsar Pedro Passos Coelho • o PCP pediu a demissão da direcção das Secretas • os preços em Luanda subiram 31,8% nos últimos 12 meses • 57.386 portugueses emigraram em 2015 para 11 países • o Festival de Locarno vai exibir treze filmes portugueses este ano.
Folhear
Machado de Assis, um dos grandes nomes da literatura brasileira, deixou uma obra extensa em diversos géneros, da poesia aos romances, passando por peças de teatro, crítica literária, mas também crónicas e artigos para jornais, nomeadamente sobre a situação política e social do Brasil, entre o fim do Império e o início da República. "Dom Casmurro" agora editado pela Guerra & Paz, na sua colecção de clássicos da literatura, foi escrito em 1899, tinha Machado de Assis 50 anos. Este romance é considerado por muitos como uma das suas obras mais marcantes. Como Helder Guégués faz notar na introdução a esta edição, "Dom Casmurro" tem como temática central "a verdade como ela é vista pelo ser humano". O romance percorre uma história de amor e ciúme, teve adaptações para o cinema e para televisão e caracteriza-se por uma fina ironia e diálogos riquíssimos. Dom Casmurro é a alcunha de Bento Santiago que, já velho, resolve desfiar as suas memórias. Atrevo-me a dizer que Machado de Assis é relativamente pouco conhecido em Portugal e que esta obra é de leitura fundamental - sendo ainda por cima de leitura entusiasmante.
Gosto
Da reabertura do terceiro piso do Museu Nacional de Arte Antiga, com mais 16 salas de exposição, após ter estado encerrado uma década.
Não gosto
Da fobia autárquica de obras por todo o país a um ano de eleições - sempre o mesmo desperdício: será para facilitar financiamentos às próximas campanhas?
Ver
Esta semana recomendo uma visita ao Museu Calouste Gulbenkian, ao espaço do antigo CAM, agora rebaptizado de Colecção Moderna. Lá podem ser vistas duas exposições - "Portugal em Flagrante", que procura definir um percurso para o século XX através de obras de arte, livros e material documental. Noutro espaço está uma retrospectiva da obra de José Escada, sob o título "eu não evoluo, viajo". Escada é um dos nomes marcantes das artes plásticas portuguesas. Com Costa Pinheiro, Lourdes Castro, René Bertholo, Gonçalo Duarte, João Vieira, Jan Voss e Christo fundou em Paris o grupo KWY, que marcou a década de 60. Esta retrospectiva é uma boa introdução à sua obra e à evolução que foi tendo ao longo dos anos. Na "Portugal em Flagrante", destaque para as obras de nomes como Ana Vidigal ou José Barrias, que tem uma montagem da sua peça "Barragem", apresentada na Bienal de Paris em 1980, com recurso a fotografia e vídeo (na imagem). No edifício principal está "Linhas do Tempo", uma exposição que mostra a colecção original comprada por Calouste Gulbenkian, paralelamente a obras compradas pela fundação desde a sua origem até agora, num total de 150 peças. Este ciclo de exposições assinala também o início da actividade de Penelope Curtis, a nova responsável pelo museu. Mudando completamente de cenário, recomendo duas exposições de fotografia que podem ser vistas em centros comerciais. No Colombo está "Faces of the Stars", do britânico Terry O'Neal - retratos de músicos e actores célebres; e no Fórum da Maia, até 28 de Agosto, está uma retrospectiva da obra do português Alfredo Cunha, com 333 fotografias expostas e mais de um milhar projectadas. Repórter fotográfico, com décadas de trabalho em vários importantes órgãos de comunicação, nos últimos anos passou a concentrar-se em projectos pessoais onde a sua visão de jornalista se manifesta de forma muito profunda, sem condicionalismos de agenda ou de actualidade noticiosa imediata.
Arco da velha
Apesar das muitas obras por todo o lado, a Câmara Municipal de Lisboa ainda só removeu amianto em cinco de 42 edifícios municipais referenciados e considerados perigosos para a saúde.
Ouvir
Depois de ter gravado um tributo a Frank Sinatra no ano passado ("Shadows in the night"), Dylan mergulha desta vez no cancioneiro tradicional norte-americano e vai buscar 12 temas como "Young at heart", "Skylark", "All or nothing at all", "It had to be you", "That old black magic" ou "Come rain or come shine", entre outros. Os arranjos são simples, a produção - do eterno alter ego de Dylan, Jack Frost - é minimalista e o disco decorre entre um misto de respeito pelos standards aqui interpretados e o desejo de que exista uma subtil marca própria, quanto mais não seja nas vocalizações de Dylan e nos arranjos. Na realidade, os arranjos descolam dos originais, muitas vezes num ambiente country acentuado pelas guitarras. O rockabilly ensaiado em "That old black magic" é um dos sinais da originalidade que Dylan procurou mostrar ao atirar-se a clássicos que, em tempos, foram interpretados por nomes como Ella Fitzgerald ou Sarah Vaughan, por exemplo. Ao contrário do que se pode pensar, Dylan não descobriu os standards agora - em 1970, no álbum "Self portrait", aparecia a primeira homenagem à dupla Rodgers and Hart, com "Blue moon". CD Columbia.
Provar
Já tinha ouvido falar do LOB Take Away, uma casa especializada em petiscos feitos a partir de marisco. Tinha provado um belíssimo creme aveludado de amêijoas e tinha ouvido falar das extravagâncias com lagosta e lavagante. No campo do lavagante é muito requisitada a Miss Diva, uma sanduíche de lavagante com manteiga de corais, cebolinho e limão. Mas está também disponível uma salada de lavagante, um creme aveludado de lavagante e cebolinho, e uma massa de arroz salteada com lavagante, rebentos de soja, amendoins e pimentos num molho agridoce. Mas a minha escolha numa recente visita foi para o King Lobster, um lombo de lagosta grelhado, com manteiga de ervas e limão, acompanhado por salada e batatas fritas, e que estava honestíssimo, na qualidade do bicho e na confecção. O Lob Deli funciona na modalidade de take-away ou pode ser servido e consumido no local, numa simpática sala no primeiro andar. A casa foi aberta em 2015, o serviço ao balcão é muito atencioso e sabe informar sobre a lista. Está aberto de segunda a sábado entre as 12h e as 22h30. Tem cervejas artesanais e vinho a copo servido de forma generosa. O menu foi criado pela chef Leonor Manita, que trabalhou no Nobu e, em Lisboa, criou a cozinha do Station. Os lavagantes vêm vivos do mar do Norte e uma refeição fica entre 15 a 20 euros por pessoa, dependendo das escolhas. Rua de São Filipe Neri 21, ao Rato, telefone 215987801.
Na vida, como no futebol, ninguém vai longe se não souber onde está a baliza.
Arnold H. Glasow
Veraneios
Confortado pelo título de campeão, o país prepara-se para ir de férias. Mas há quem já aparente estar em "supimpo" descanso: a oposição entrou em modo de pausa entre a bola e as sanções, fazendo piruetas para se livrar das ondas de choque Barroso e, sobretudo, sem ser capaz de criar um discurso alternativo ou de marcar a agenda política. Quanto a acções de comunicação, então o caso ainda é pior, e o silêncio tem sido ensurdecedor. Pelo seu lado, o Governo multiplica-se em actividades de lés a lés, numa roda-viva de ministros que prometem fazer este Verão mais digressões do que os cantores nas festas populares. António Costa dá o exemplo na iniciativa "Estado da Nação: Prestar Contas", em que vai directamente falar com os militantes do PS, em sessões onde aborda a conjuntura actual, sobretudo das relações com Bruxelas e do espectro das sanções. Enquanto o PS se dedica à política, o PSD dedica-se à politiquice e já abundam relatos de rivalidades na escolha de candidatos a uma série de Câmaras Municipais nas eleições autárquicas do próximo ano. Enquanto isso, assiste-se mais uma vez, por todo o país, ao lamentável espectáculo da proliferação de obras promovidas por autarquias em período pré-eleitoral. Já nem falo do caso de Lisboa, que é particularmente escandaloso. Circulando nas estradas, nota-se um regresso da construção de rotundas e de outros devaneios semelhantes. Mais uma vez, os grandes ciclos de obras coincidem com a aproximação de eleições autárquicas, no mais velho jogo desde que há votos: garantir uma lista de realizações que possam dar a ideia de que alguma coisa mudou. Na maior parte das vezes só muda a paisagem, e nem sempre para melhor. E o objectivo é sempre o mesmo - sacar mais uns votos a incautos.
"O país onde vemos um maior risco de existir uma crise da dívida soberana é em Portugal; onde vemos o maior risco de uma crise bancária é em Itália."
Patrick Artus, Economista-chefe do Natixis
Semanada
• Em resposta à decisão do Ecofin, António Costa afirmou que não vão ser tomadas medidas extraordinárias para evitar sanções por défice excessivo • a emissão de dívida portuguesa realizada um dia depois do Ecofin foi feita com juros superiores a 3%, um valor mais alto do que em leilões anteriores e o dobro do juro conseguido pela dívida espanhola • o presidente da CMVM está há dez meses à espera de ser substituído • o Estado já deve 50 milhões de euros à REN por falta de pagamentos para o fundo de redução da dívida tarifária do sistema eléctrico • o crescimento da economia irlandesa em 2015 passou de uma previsão de 7,8% para 26,3% • o exame de Matemática do 9.º ano registou a segunda pior média de sempre, com cerca de 50% dos alunos a terem nota negativa • o preço das casas em Portugal subiu 12,75% desde 2013 • os bancos italianos têm o equivalente a duas vezes o valor do PIB português em crédito malparado • no Conselho de Estado, para usar a terminologia do Watergate, houve uma garganta funda que veio contaro que lá se passou • cresceu o número de turistas na Margem Sul • o submarino português Tridente ficou preso nas redes de um barco de pesca francês em águas britânicas • a agência Bloomberg fez um perfil da dirigente centrista Assunção Cristas, cuja actuação, afirma, está a eclipsar Pedro Passos Coelho • o PCP pediu a demissão da direcção das Secretas • os preços em Luanda subiram 31,8% nos últimos 12 meses • 57.386 portugueses emigraram em 2015 para 11 países • o Festival de Locarno vai exibir treze filmes portugueses este ano.
Folhear
Machado de Assis, um dos grandes nomes da literatura brasileira, deixou uma obra extensa em diversos géneros, da poesia aos romances, passando por peças de teatro, crítica literária, mas também crónicas e artigos para jornais, nomeadamente sobre a situação política e social do Brasil, entre o fim do Império e o início da República. "Dom Casmurro" agora editado pela Guerra & Paz, na sua colecção de clássicos da literatura, foi escrito em 1899, tinha Machado de Assis 50 anos. Este romance é considerado por muitos como uma das suas obras mais marcantes. Como Helder Guégués faz notar na introdução a esta edição, "Dom Casmurro" tem como temática central "a verdade como ela é vista pelo ser humano". O romance percorre uma história de amor e ciúme, teve adaptações para o cinema e para televisão e caracteriza-se por uma fina ironia e diálogos riquíssimos. Dom Casmurro é a alcunha de Bento Santiago que, já velho, resolve desfiar as suas memórias. Atrevo-me a dizer que Machado de Assis é relativamente pouco conhecido em Portugal e que esta obra é de leitura fundamental - sendo ainda por cima de leitura entusiasmante.
Gosto
Da reabertura do terceiro piso do Museu Nacional de Arte Antiga, com mais 16 salas de exposição, após ter estado encerrado uma década.
Não gosto
Da fobia autárquica de obras por todo o país a um ano de eleições - sempre o mesmo desperdício: será para facilitar financiamentos às próximas campanhas?
Ver
Esta semana recomendo uma visita ao Museu Calouste Gulbenkian, ao espaço do antigo CAM, agora rebaptizado de Colecção Moderna. Lá podem ser vistas duas exposições - "Portugal em Flagrante", que procura definir um percurso para o século XX através de obras de arte, livros e material documental. Noutro espaço está uma retrospectiva da obra de José Escada, sob o título "eu não evoluo, viajo". Escada é um dos nomes marcantes das artes plásticas portuguesas. Com Costa Pinheiro, Lourdes Castro, René Bertholo, Gonçalo Duarte, João Vieira, Jan Voss e Christo fundou em Paris o grupo KWY, que marcou a década de 60. Esta retrospectiva é uma boa introdução à sua obra e à evolução que foi tendo ao longo dos anos. Na "Portugal em Flagrante", destaque para as obras de nomes como Ana Vidigal ou José Barrias, que tem uma montagem da sua peça "Barragem", apresentada na Bienal de Paris em 1980, com recurso a fotografia e vídeo (na imagem). No edifício principal está "Linhas do Tempo", uma exposição que mostra a colecção original comprada por Calouste Gulbenkian, paralelamente a obras compradas pela fundação desde a sua origem até agora, num total de 150 peças. Este ciclo de exposições assinala também o início da actividade de Penelope Curtis, a nova responsável pelo museu. Mudando completamente de cenário, recomendo duas exposições de fotografia que podem ser vistas em centros comerciais. No Colombo está "Faces of the Stars", do britânico Terry O'Neal - retratos de músicos e actores célebres; e no Fórum da Maia, até 28 de Agosto, está uma retrospectiva da obra do português Alfredo Cunha, com 333 fotografias expostas e mais de um milhar projectadas. Repórter fotográfico, com décadas de trabalho em vários importantes órgãos de comunicação, nos últimos anos passou a concentrar-se em projectos pessoais onde a sua visão de jornalista se manifesta de forma muito profunda, sem condicionalismos de agenda ou de actualidade noticiosa imediata.
Arco da velha
Apesar das muitas obras por todo o lado, a Câmara Municipal de Lisboa ainda só removeu amianto em cinco de 42 edifícios municipais referenciados e considerados perigosos para a saúde.
Ouvir
Depois de ter gravado um tributo a Frank Sinatra no ano passado ("Shadows in the night"), Dylan mergulha desta vez no cancioneiro tradicional norte-americano e vai buscar 12 temas como "Young at heart", "Skylark", "All or nothing at all", "It had to be you", "That old black magic" ou "Come rain or come shine", entre outros. Os arranjos são simples, a produção - do eterno alter ego de Dylan, Jack Frost - é minimalista e o disco decorre entre um misto de respeito pelos standards aqui interpretados e o desejo de que exista uma subtil marca própria, quanto mais não seja nas vocalizações de Dylan e nos arranjos. Na realidade, os arranjos descolam dos originais, muitas vezes num ambiente country acentuado pelas guitarras. O rockabilly ensaiado em "That old black magic" é um dos sinais da originalidade que Dylan procurou mostrar ao atirar-se a clássicos que, em tempos, foram interpretados por nomes como Ella Fitzgerald ou Sarah Vaughan, por exemplo. Ao contrário do que se pode pensar, Dylan não descobriu os standards agora - em 1970, no álbum "Self portrait", aparecia a primeira homenagem à dupla Rodgers and Hart, com "Blue moon". CD Columbia.
Provar
Já tinha ouvido falar do LOB Take Away, uma casa especializada em petiscos feitos a partir de marisco. Tinha provado um belíssimo creme aveludado de amêijoas e tinha ouvido falar das extravagâncias com lagosta e lavagante. No campo do lavagante é muito requisitada a Miss Diva, uma sanduíche de lavagante com manteiga de corais, cebolinho e limão. Mas está também disponível uma salada de lavagante, um creme aveludado de lavagante e cebolinho, e uma massa de arroz salteada com lavagante, rebentos de soja, amendoins e pimentos num molho agridoce. Mas a minha escolha numa recente visita foi para o King Lobster, um lombo de lagosta grelhado, com manteiga de ervas e limão, acompanhado por salada e batatas fritas, e que estava honestíssimo, na qualidade do bicho e na confecção. O Lob Deli funciona na modalidade de take-away ou pode ser servido e consumido no local, numa simpática sala no primeiro andar. A casa foi aberta em 2015, o serviço ao balcão é muito atencioso e sabe informar sobre a lista. Está aberto de segunda a sábado entre as 12h e as 22h30. Tem cervejas artesanais e vinho a copo servido de forma generosa. O menu foi criado pela chef Leonor Manita, que trabalhou no Nobu e, em Lisboa, criou a cozinha do Station. Os lavagantes vêm vivos do mar do Norte e uma refeição fica entre 15 a 20 euros por pessoa, dependendo das escolhas. Rua de São Filipe Neri 21, ao Rato, telefone 215987801.
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