- Partilhar artigo
- ...
Não vai ser preciso muito para saber quem leva o troféu para casa, entre os projectos que mais contribuíram para a sustentabilidade do sector da saúde em Portugal. A cerimónia onde serão revelados os vencedores está marcada para esta terça-feira, 3 de Outubro, a partir das 17 horas.
As categorias de Cuidados Hospitalares e Projectos Especiais Integrados foram as mais concorridas, completando-se o quadro com os Cuidados Continuados e Cuidados Primários. Para escolher o vencedor, o júri presidido por Jorge Sampaio, antigo Presidente da República, teve de analisar vários critérios.
Qualidade clínica, experiência do utente nestes espaços, sustentabilidade económico-financeira, responsabilidade ambiental e tecnologias da saúde foram alguns dos factores a pesar na decisão
Maria de Belém Roseira, antiga ministra da Saúde e jurada, diz-se surpreendida por vários projectos entre os candidatos, sobretudo por aqueles que procuram melhorar o acesso à saúde com uma "profunda preocupação de empatia com as pessoas".
Já Francisco Ramos, presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) destaca um projecto na sua área, o IPO do Porto, classificando-o como um "exemplo de inovação" que "responde a uma das mais graves lacunas dos hospitais públicos em Portugal".
Porquê este prémio?
Há seis anos que a tradição se renova e os Prémios Saúde Sustentável distinguem as melhores práticas do sector em quatro categorias. Uma vez mais, com o Prémio Personalidade, atribuído a uma figura com um percurso dedicado à saúde pública e à sociedade.
"Algumas destas iniciativas são fruto de parcerias entre entidades públicas e privadas que permitem criar sinergias em áreas comuns e partilhadas, contribuindo para sustentabilidade económica e financeira da saúde", recorda a directora-geral da Sanofi Portugal, Ana García Cebrian.
"As iniciativas que visam reconhecer o mérito de pessoas e organizações são bem-vindas. Métodos objectivos de avaliação e de reconhecimento público pelo bom desempenho são instrumentos muito úteis como contributo para a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde (SNS)", remata Francisco Ramos.
Na hora de falar do SNS, as preocupações com os custos apresentam-se como transversais, tanto a jurados como a concorrentes. Francisco Ramos, presidente do IPO, refere que "a sustentabilidade da saúde nos países desenvolvidos está associada e dependente do sucesso das políticas de promoção da saúde e prevenção da doença e da prática de prévia avaliação das tecnologias de saúde".
"A sustentabilidade dependerá de conseguirmos que as pessoas se mantenham saudáveis durante muito mais anos e de um acesso à inovação disruptiva com preços comportáveis", junta Maria de Belém Roseira.
Neste percurso rumo a uma saúde mais sustentável, o esforço continua a ser feito com recursos reduzidos. Por isso mesmo, a directora-geral da Sanofi em Portugal, quando questionada sobre propostas para o Orçamento do Estado (OE) que está em preparação para o ano, sintetiza a sua vontade: "A saúde é um dos bens mais preciosos para as pessoas, daí a importância de vermos reflectido no OE o mesmo peso que a sociedade reconhece e valoriza na saúde".
Até lá, esse trabalho vai cabendo a "entidades que diariamente se esforçam - a maioria das vezes com meios muito escassos - para proporcionar o exercício do direito à protecção da saúde", diz Maria de Belém Roseira. Algumas delas vêm esta terça-feira o esforço reconhecido.
As categorias e os candidatos
Os Prémios Saúde Sustentável premeiam as melhores práticas no sector da saúde em quatro áreas distintas.
Cuidados hospitalares
• Hospital de Cascais - Lusíadas Saúde
• Instituto Português de Oncologia do Porto
• Hospital Distrital de Santarém
Projectos Especiais Integrados
• Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso
• Hospital de Braga
• Associação Dignitude
• Centro Social Paroquial de Ribeirão - Casa Santa Maria
• Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras
Cuidados Continuados
• Santa Casa da Misericórdia de Portimão
• Equipa Domiciliária de Cuidados Paliativos Bem-Humanizar
• Alzheimer Portugal
Cuidados Primários
• Farmácia da Cumieira
• Santa Casa da Misericórdia da Golegã
• Unidade Local de Saúde Castelo Branco
• Unidade de Cuidados na Comunidade Norton de Matos - Autonomia do Idoso
Os quatro eixos fundamentais da Sanofi
A directora-geral da Sanofi em Portugal, Ana García Cebrian, explica que a farmacêutica está a desenvolver diferentes eixos para dar resposta a um sector da saúde que se quer mais sustentável.
Eixo um: investigação
A garantia de Ana García Cebrian é de que a Sanofi tem feito "um grande esforço" para captar mais ensaios clínicos para Portugal desde que está presente no país. "Com resultados muito positivos, que se traduzem num aumento significativo dos mesmos", acrescenta.
Eixo dois: prevenção
O trabalho na prevenção é a segunda estratégia da Sanofi para que a saúde possa ser mais sustentável em Portugal. "Temos o compromisso de agir na prevenção, através de parcerias com diversas partes interessadas", explica a directora-geral Ana García Cebrian. A responsável acredita que promover a educação e a formação em saúde é um aspecto prioritário para que se possa "proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas".
Eixo três: pessoas
Todo este esforço não se faz sem pessoas. Para os 160 colaboradores da Sanofi em Portugal, a "missão é dar o seu melhor e estar diariamente ao lado dos nossos parceiros, contribuindo para a saúde e sustentabilidade do país", remata Ana García Cebrian. A responsável diz ainda que a indústria está interessada em ter um "papel activo" para delinear estratégias para o sector a longo prazo.
Eixo quatro: prémios
"Continuar a investir e inovar" no Prémio Saúde Sustentável, já na sexta edição, é uma das vontades da Sanofi. "São iniciativas que se distinguem pelo seu carácter inovador e diferenciador" em aspectos como a qualidade clínica, plataformas tecnológicas ou boas práticas ambientais, conclui.