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A edição deste ano, por decisão unânime do júri, será dedicada à partilha das boas práticas em contexto de covid-19, com o objetivo de reconhecer e distinguir projetos ou instituições que se tenham destacado na luta contra a pandemia que desde março invadiu Portugal.
É a primeira vez que o Prémio Saúde Sustentável, que teve a sua primeira edição em 2012, é dedicado a um tema. Como diz Francisco del Val, general manager da Sanofi, "a expectativa em relação a esta edição especial é elevada e acreditamos que seremos agradavelmente surpreendidos com candidaturas de excelência. Existem muitas instituições com projetos altamente diferenciadores e equipas dedicadas que têm sido certamente determinantes no combate à pandemia".
Este ano, o Prémio Saúde Sustentável reparte-se por cinco categorias: Prevenção e Promoção da Saúde, Cuidados de Saúde Centrados no Cidadão, Promoção e Sustentabilidade Económica, Integração de Cuidados e Inovação e Transformação Digital. É ainda atribuído por decisão do júri, o Prémio Personalidade, que distinguirá quem se tenha destacado na promoção de práticas sustentáveis na área da saúde, em contexto covid-19.
69 prémios em oito edições
O prémio tem divulgado e incentivado as melhores práticas para a sustentabilidade da saúde em Portugal e premiado anualmente instituições prestadoras de cuidados de saúde. Ao longo destas oito edições premiaram-se personalidades relevantes na área dos cuidados de saúde, da investigação e da prática da medicina como José Pereira Miguel, Odete Santos-Ferreira, João Lobo Antunes, Manuel Sobrinho Simões, João Rodrigues Pena, Francisco George, Fernando Pádua e Cristina Resende de Oliveira.
Nas suas várias categorias, que foram sofrendo evoluções ao longo do tempo, foram distinguidas 56 instituições de vários pontos do país. Entre vencedores (35) e menções honrosas (34) já foram entregues 69 prémios. Destacam-se o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho e a USF Marginal com três distinções, depois, com duas distinções, o Centro Hospitalar do Porto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Hospital CUF Descobertas, Hospital de Braga, Hospital da Figueira da Foz, IPO do Porto, Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, ULS de Matosinhos, USF de Valongo, e ULS do Litoral Alentejano. Apenas por uma vez, na edição de 2013 houve uma partilha de prémio entre o Centro Hospitalar de São João e a ULS Matosinhos na categoria de Cuidados Hospitalares.
Estas oito edições ajudam a compreender e mostram a evolução da saúde em Portugal, em particular do Serviço Nacional de Saúde. Como referia Cristina Resende de Oliveira, a personalidade eleita em 2019, "a saúde é um dos fatores mais importantes para a estabilidade social e económica de qualquer país. Uma população com saúde é fundamental para o trabalho e para o progresso da sociedade". Acrescentava que "a existência de um SNS como o nosso, que permite que o indivíduo independentemente da sua condição de nascimento tenha iguais perspetivas de atendimento quando está doente, ou seja, quando está fragilizado, é algo que tem um enorme valor".
As ameaças das pandemias
A pandemia do coronavírus que ninguém antecipou, nem quanto à dimensão planetária que depressa adquiriu, nem quanto ao impacto absolutamente devastador que está a ter a nível da sociedade, da sua organização e funcionamento, da economia, do comércio e do trabalho, cujas consequências ainda não estamos sequer em condições de avaliar com exatidão, colocou na linha da frente as questões da saúde pública, que vínhamos porventura a dar por adquiridas no contexto das nossas sociedades mais prósperas e desenvolvidas. Mas estamos agora a dar-nos conta o quanto epidemias como a que estamos a enfrentar constituem uma séria ameaça à segurança e ao desenvolvimento humano. Faz assim todo o sentido que o Prémio Saúde Sustentável 2020, que já vai na sua nona edição, seja dedicado à partilha de boas práticas em contexto de covid-19.
Júri do PSS 2020
Jorge Sampaio
Presidente do júri
André Veríssimo
Diretor, Jornal de Negócios
Adalberto Campos Fernandes
Ex-ministro da Saúde
Francisco del Val
General manager Sanofi Portugal, GM da Unidade de Negócios Sanofi Genzyme
Alexandre Lourenço
Presidente, Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares
Ana Paula Martins
Bastonária Ordem dos Farmacêuticos
António Couto dos Santos
Vice-Presidente, Comissão de Saúde
Francisco Ramos
Professor associado da Escola Nacional de Saúde Pública
Heitor Costa
Diretor executivo, Apifarma
José Luís Biscaia
Membro, Coordenação Nacional para a Reforma Cuidados Saúde Primários
José Mendes Ribeiro
Conselho Estratégico, Centro Académico Clínico de Coimbra
Julien Perelman
Coordenador da Estrutura de Missão para a Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde
Manuel Lemos
Presidente, União das Misericórdias Portuguesas
Maria Antónia Almeida Santos
Vice-presidente, Comissão de Saúde
Maria de Belém Roseira
Ex-ministra da Saúde
Maria do Céu Machado
Presidente, INFARMED
Miguel Guimarães
Bastonário da Ordem dos Médicos, representado por Susana Vargas
Paulo Cleto Duarte
Presidente da Associação Nacional das Farmácias
Ricardo Baptista Leite
Deputado do PSD
Candidaturas de excelência
Quais foram os principais impactos da covid-19 no sistema de saúde em Portugal?
A covid-19 está a ter um impacto muito elevado a nível global que está longe de poder ser mensurável nesta fase, tanto mais que é altamente dependente da duração da pandemia e da dimensão da crise económica.
Portugal conseguiu reagir de forma rápida e eficaz, minimizando a mortalidade associada à doença e impedindo o colapso do sistema, que era o objetivo primário e imediato. No entanto, as medidas tomadas para combater a pandemia causaram alguns impactos colaterais que estão longe de estar ultrapassados: a resposta atempada a situações de emergência ficou por vezes comprometida; o acompanhamento e monitorização dos doentes crónicos; o impacto na saúde mental da população; o agravamento das listas de espera, entre outros, etc.
Por outro lado, esta crise revelou também muitos aspetos positivos do sistema de saúde em Portugal, dos quais temos de destacar a qualidade, flexibilidade e resiliência dos profissionais de saúde, enquanto pilar estruturante do SNS e agradecer o seu esforço ao longo destes meses, a combater uma pandemia que ficará para sempre marcada na história mundial.
Porque é o que o Prémio Saúde Sustentável 2020 está dirigido para a covid-19? Quais as expectativas?
Estamos certos de que a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde começa nas pessoas que o compõem. É, por isso, fundamental que todos os intervenientes na saúde em Portugal possam desempenhar o seu papel para tornar o sistema sustentável e atuar diretamente em áreas que carecem de uma intervenção direta.
Em 2020 dedicamos este Prémio às boas práticas em contexto covid-19 porque queremos identificar e distinguir projetos ou instituições que se tenham destacado na luta contra uma pandemia inédita que assolou o mundo inteiro.
A expectativa da Sanofi em relação a esta edição especial é elevada e acreditamos que seremos agradavelmente surpreendidos com candidaturas de excelência. Existem muitas instituições com projetos altamente diferenciadores e equipas dedicadas que têm sido certamente determinantes no combate à pandemia. Importa por um lado incentivar a partilha de boas práticas e acima de tudo reconhecer e agradecer o trabalho e o esforço desenvolvido durante uma pandemia mundial nunca antes vivida.
Premiar as boas práticas é ainda mais decisivo
André Veríssimo
Diretor Jornal de Negócios
A pandemia colocou-nos perante circunstâncias absolutamente excecionais, criando a todos desafios que julgávamos impensáveis. Trouxe uma alteração brusca na forma como socializamos, como aprendemos, como trabalhamos e não poupou setores. Mas nenhum outro esteve e está sob tanta pressão como a saúde e os seus profissionais.
A resposta a uma crise sanitária sem precedentes no último século exigiu um esforço hercúleo e uma reorganização de processos que teve de ser feita em tempo recorde. Era difícil imaginar um teste de stress mais difícil para o Sistema Nacional de Saúde. E pode-se dizer, com o que sabemos até hoje, que em grande medida a prova foi superada.
Mas o desafio está, infelizmente, longe do fim. A pandemia não está controlada e a pressão aumentou também na resposta a todas as outras "epidemias" que não deixaram de existir, como as doenças cardiovasculares, oncológicas, do foro psiquiátrico e tantas outras.
Neste contexto, o Negócios e o seu parceiro Sanofi, decidiram dedicar a 9.ª edição do Prémio Saúde Sustentável às boas práticas no âmbito da covid-19, distinguindo projetos ou instituições que se tenham destacado na resposta à pandemia.
Através do Prémio Saúde Sustentável, o Jornal de Negócios tem feito chegar à sua vasta audiência, líder no segmento de economia, no papel e online, um grande número de casos que se diferenciam pela implementação de processos que melhoram a experiência dos cidadãos, promovem a integração de cuidados e apostam na transição digital, contribuindo assim para a melhoria dos resultados em saúde e a sustentabilidade. É o que vamos voltar a fazer este ano, mas agora com uma edição especial dedicada à covid-19.
O Prémio Saúde Sustentável é hoje uma referência no setor, gozando de um enorme prestígio, para o qual contribuem as personalidades do júri, de reconhecida competência e mérito na área. Promover as boas práticas é fundamental para que os portugueses possam aspirar a uma saúde melhor. Fazê-lo no atual contexto é determinante para vencermos a prova mais difícil dos nossos tempos.