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Ministro quer minorar dificuldades no SNS

Adalberto Campos Fernandes admite que o Serviço Nacional de Saúde e os seus profissionais não têm as "condições ideais" e que é sua obrigação "procurar minorar" as dificuldades.

11 de Outubro de 2018 às 14:10
Adalberto Campos Fernandes elogiou o contributo de Fernando Pádua. Inês Gomes Lourenço
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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) "tem centenas de milhares de construtores e que hoje continuam a construi-lo em condições muito difíceis, de sacrifício pessoal, porque não o fazem nas condições ideais, nem no enquadramento que seria justo e merecido que tivessem". Quem o disse foi o próprio ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na cerimónia de encerramento da entrega dos Prémios Saúde Sustentável, que se realizou a 3 de Outubro no Museu do Oriente, em Lisboa. O governante admitiu que o sector vive dificuldades e defendeu que é sua obrigação, como ministro, "procurar minorar essas dificuldades".

Num discurso centrado no SNS - o 12.º melhor do mundo apesar de Portugal ser só a 40.ª economia mundial, lembrou -, Adalberto Campos Fernandes afirmou que o futuro passa pela reconstrução de uma medicina clínica de base científica, que se foi perdendo não por culpa dos profissionais, mas porque "nos fomos esquecendo, tempo demais, da utilidade das carreiras profissionais e das carreiras médicas".

O SNS tem centenas de milhares de construtores (...) em condições muito difíceis. Adalberto Fernandes
Ministro da Saúde

O ministro considerou ainda que as carreiras não se refazem apenas nos aspectos ligados à remuneração, mas "com confiança, desenho de caminho e projecto, que faça com que se sintam realizados profissionalmente no SNS". E acentuou que é sua obrigação relançar este caminho, para que "aqueles que hoje saem das universidades portuguesas e iniciam a sua actividade profissional na saúde tenham, como o professor Fernando de Pádua teve, muito orgulho em ser um servidor público".

Fernando de Pádua, que recebeu o Prémio Personalidade, é "um homem simples, que pôs o esforço individual e o sacrifício pessoal da família ao serviço do bem comum", afirmou Adalberto Campos Fernandes, acrescentando que este merece "esta homenagem e merece todas que o país lhe possa fazer".

O ministro considerou que o Prémio Saúde Sustentável, do qual foi membro do júri nos primeiros anos , como "uma janela para a qual olhamos todos os anos para ver o que vamos fazendo", e que é sempre oportunidade para passar os olhos "sobre aquilo que tão bem fazemos em Portugal". E afirmou ainda que a futura nova lei de bases vai ser aprovada num contexto em que "a vertigem do conhecimento mata e anula a riqueza da relação", em que a "rapidez que tem tanto de deslumbrante tem de ser mitigada pela qualificação da nossa relação".


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