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Heitor Costa: “A crise pandémica já mudou a agenda da Saúde”

O futuro do Serviço Nacional de Saúde passa por uma política de contratação, retenção e atração de recursos humanos, aposta decidida na digitalização.

Negócios 26 de Outubro de 2020 às 13:00
Inês Gomes Lourenço
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"A crise pandémica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 já mudou a agenda da Saúde", diz Heitor Costa, diretor executivo da Apifarma - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

"Hoje existe uma clara e aguda noção do valor da saúde nas suas múltiplas vertentes, humana, social e económica, e uma valorização da ciência e inovação em saúde. Concomitantemente, o reconhecimento da importância do acesso a produtos de saúde inovadores é hoje claro e assumido pela sociedade portuguesa". Na sua opinião, "é fundamental não desperdiçar o desafio de redirecionar o nosso futuro coletivo, reequacionando o tipo de investimentos que queremos para Portugal".

Por sua vez Maria do Céu Machado sublinha que o planeamento e os trabalhos que estavam a ser desenvolvido para o Plano Nacional da Saúde 2021-2030 pararam na DGS "e não deviam exatamente por estarmos em pandemia e haver doenças crónicas a controlar, é essencial o planeamento, a melhoria global das condições do SNS não só no papel mas na prática nomeadamente a contratação de médicos e enfermeiros".

Recursos humanos e investimento

"Devíamos ter no SNS uma política de recursos humanos e de investimento nos serviços de saúde, como forma de retenção e de atração para evitar que sejam contratados pelos privados", referiu Sofia Crisóstomo. Acrescentou ainda "na digitalização da saúde deu-se uma aceleração e tem de continuar, não se pode ficar pela atual tele-saúde e telemedicina, têm de se reforçar os investimentos nesta área".

Sofia Crisóstomo condescende que numa situação de stress pandémico seja mais difícil uma abordagem colaborativa, porque estes "implicam tempo, um número elevado de participantes e mecanismos menos rápidos".

De qualquer modo, sublinha que a "Direção-Geral da Saúde sempre foi a entidade que nunca aceitou a colaboração das associações de doentes, é muito resistente à mudança, ao contrário do Infarmed e do próprio ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) que mais abertos à colaboração das associações dos doentes".


9ª Edição do Prémio Saúde Sustentável

A cerimónia de entrega dos Prémios Saúde Sustentável realiza-se a 27 de outubro de 2020. Tem início às 16H30 e é transmitida em diretono site e facebook do Jornal de Negócios.

A 9ª Prémio Saúde Sustentável é uma iniciativa do Jornal de Negócios e da Sanofi, com o Alto Patrocínio da Presidência da República, que este ano, por decisão unânime do Júri, foi dedicada à partilha das Boas Práticas em contexto de covid-19, com o objetivo de reconhecer e distinguir projetos ou instituições que se destacaram na luta contra a pandemia que enfrentamos.

A cerimónia da entrega dos Prémios Saúde Sustentável, realiza-se a 27 de outubro de 2020. Tem início às 16H30 e é transmitida em direto no site e facebook do Jornal de Negócios. Inicia-se com as boas vindas de André Veríssimo, diretor do Jornal de Negócios, Francisco Del Val, Diretor-Geral da Sanofi Portugal e Tiago Barroso, CEO da everis Portugal, a que se segue, pelas 17 Horas, a cerimónia de entrega dos Prémios Saúde Sustentável.

Ás 17h45 tem início a conferência "Regresso ao Futuro da Saúde em Portugal - Uma Agenda para a Década" com a apresentação do Programa de Recuperação Económica e Social 2020-2030: A Proposta para a Saúde por António Costa Silva, a que se segue o debate com João Pedro Almeida Lopes, presidente da Apifarma, José Luís Biscaia, Médico de Família, diretor executivo AceS BM, Sofia Crisóstomo, Co-Coordenadora, Mais Participação - Melhor Saúde e a moderação de Fátima Campos Ferreira.

Às 18h45 Maria de Belém Roseira, Membro do Júri, fará a apresentação do Prémio Personalidade. A conferência é encerrada por Diogo Serras Lopes, secretário de Estado da Saúde.
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