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A avaliação e a seleção dos vencedores em cinco categorias

“O facto de a Sanofi estar associada a um media partner, o Jornal de Negócios, proporciona sempre uma ampla divulgação às excelentes iniciativas que todos os anos se apresentam a concurso e é uma enorme alegria”, diz Maria de Belém Roseira, presidente do júri.

10 de Abril de 2023 às 14:30
Maria de Belém Roseira presidente do júri Pedro Catarino
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O 12.º Prémio Saúde Sustentável comporta cinco categorias: Cuidados de saúde centrados no cidadão; Inovação em saúde; Integração e continuidade de cuidados; Promoção da saúde e prevenção da doença; e Transformação digital. Está aberto a qualquer entidade ou área funcional de prestadores de cuidados de saúde dos setores público, privado ou social, que podem submeter a sua candidatura até 22 de maio de 2023.

Quanto aos critérios de avaliação que constam do regulamento, contam-se os ganhos em saúde que o projeto a concurso já conseguiu e a satisfação e experiência do cidadão, como refere Maria de Belém Roseira, presidente do júri do Prémio Saúde Sustentável.

Considera-se ainda o potencial de mimetização do projeto desenvolvido noutras instituições ou contextos, e a melhoria significativa da experiência e satisfação dos utentes no acesso e na utilização dos serviços de saúde.

Duas outras dimensões relevantes, como sublinha Maria de Belém Roseira, são a sustentabilidade ambiental, que se refere à preocupação com a qualidade de vida das gerações futuras, e a sustentabilidade económica, que tem a ver com o impacto do projeto em eficiência, poupanças, redução de despesas ou redução de desperdício.

Feita a seleção, o júri escolhe os candidatos que apresentarão o seu projeto em pitch e atribui o prémio ou a menção honrosa àqueles que obtiveram melhor pontuação.

Prémio Personalidade

É atribuído, por escolha direta pelo júri, o Prémio Personalidade a "uma personalidade que se tenha distinguido ao longo da sua vida pela qualidade, relevância e distinção do que fez e como fez ao longo da sua carreira", explica Maria de Belém Roseira. "Esta última distinção é aquela em que menos vezes o júri tem conseguido unanimidade. Mas gera sempre uma discussão interessante, aberta e entusiasmante que não tem deixado quaisquer feridas. Antes revela a nossa diversidade, o que deve gerar confiança na justiça das avaliações feitas", revela Maria de Belém Roseira. A ex-ministra da Saúde e personalidade desde sempre ligada a questões sociais, de saúde e de igualdade, que sucedeu a Jorge Sampaio, diz que "pelo historial que antecede e pelo prestígio que o Prémio alcançou ao longo desta mais de uma dezena de anos, é para mim uma honra e um privilégio ser, atualmente, a sua presidente".


Maria de Belém Roseira
A futura face do prémio: reutilização

Neste depoimento, a presidente do júri do Prémio Saúde Sustentável destaca a singularidade desta distinção a que se podem candidatar instituições dos vários setores reconhecidos pela Constituição Portuguesa como o público, o de economia social e o privado

"O Prémio Saúde Sustentável, quando foi criado há cerca de doze anos, por iniciativa do Jornal de Negócios e da Sanofi, foi inovador na mensagem que pretendia sublinhar. Naturalmente a sustentabilidade era um tema já muito dissecado e promovido na agenda global mas, especificamente no setor da saúde, essa análise centrava-se quase exclusivamente no que tinha diretamente a ver com o tratamento dos resíduos gerados nas unidades prestadoras de cuidados de saúde e pelos fornecedores de material de consumo clínico. Ou seja, a vertente ambiental sob a ótica da prevenção dos riscos de contaminação e a adoção de tecnologias limpas para o efeito. Mas não se preocupava tanto com as outras dimensões da sustentabilidade, tais como os resultados em saúde nas organizações gerados pelas suas boas práticas ou as soluções que permitem aumentar a segurança das prestações produzidas poupando recursos.

À dimensão ambiental bem com às dimensões social e económica, será altura para acrescentarmos, em futuras edições, uma outra face que tem vindo a assumir uma relevância crescente, qual seja a da reutilização de produtos desde que esta cumpra todos os requisitos de segurança e qualidade. Na verdade, segundo os estudos internacionais, se a saúde em todo o mundo fosse um país, no grupo dos maiores poluidores ocuparia o quinto lugar!

O júri foi presidido desde o início e até ao seu desaparecimento pelo Presidente Jorge Sampaio, cuja adesão e gosto por estes temas eram bem conhecidos e, com toda a sua respeitabilidade acrescentou um enorme prestígio ao Prémio.

A singularidade desta distinção decorria do facto de a ele se poderem candidatar instituições dos vários setores de produção reconhecidos pela Constituição Portuguesa - o público, o de economia social e o privado e com esta presidência por personalidade insuspeita não surgiram as críticas preconceituosas do costume e o prémio teve, desde a sua primeira edição, uma grande adesão em termos do número de concorrentes.

E isto apesar de consistir na mera atribuição de um galardão comprovativo do mérito dos projetos distinguidos nas várias categorias que ele abrange, seja na forma de prémio, seja na forma de uma menção honrosa, não tendo qualquer valor pecuniário.

As categorias por ele distinguidas estão explicitamente descritas no regulamento do Prémio, de acesso livre como manda a transparência, e todos os passos a seguir pelos concorrentes estão aí descritos de forma explícita, sem prejuízo de poder haver consulta sobre dúvidas.

O processo de seleção tem o apoio da NTT DATA e as decisões finais são tomadas por um júri independente que junta desde deputados da Assembleia da República a antigos membros do Governo ou da alta administração pública deste setor, bem como presidentes de Ordens Profissionais ou associações relevantes do setor da saúde".
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