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(Entrevista publicada na edição em papel a 4 de Julho)
Na discussão política sobre a produção de energia em Portugal, Mexia está mais concentrado na questão da eficiência e na problemática macro-económica.
"Portugal, se tem um problema na balança de pagamentos, deve reduzir a sua dependência energética. Metade do nosso défice externo tem a ver com energia. A questão de nos tornarmos mais eficientes é a primeira prioridade; menos dependentes será a segunda".
Mas os argumentos mais ferozes contra a aposta política nas renováveis não estão relacionados com a tecnologia, mas sim com a sua subsidiação. E a resposta de Mexia é proporcionalmente feroz: "uma mentira repetida 20 vezes não passa a ser verdade. É simplesmente uma mentira grosseira".
E dá os argumentos. "A EDP só tem 16% das renováveis em Portugal. Há 84% que não são da EDP. 90% do negócio da EDP Renováveis é fora de Portugal. Quando nós vemos que nas novas tarifas das eólicas a mais baixa de todas é em Portugal..."
A ideia fica a pairar na redacção do Negócios, para ser rapidamente recapturada pelo presidente da EDP e relançada com maior investimento emocional: "Dos últimos concursos eólicos, vejam quantos é que conseguiram montar o financiamento. Não fazem. A única coisa que peço é o seguinte: cada vez que se fazem afirmações, que se apresente a confirmação. Esta agitação superficial, baseada em convicções, mas muito pouco em números, não pode existir."
E a culpa das subidas das tarifas nem é das renováveis. "Está essencialmente associado ao facto de que quando estabeleceram a tarifa em 2007 o preço do petróleo no ano a seguir ter sido o dobro do que se esperava".
Na discussão política sobre a produção de energia em Portugal, Mexia está mais concentrado na questão da eficiência e na problemática macro-económica.
"Portugal, se tem um problema na balança de pagamentos, deve reduzir a sua dependência energética. Metade do nosso défice externo tem a ver com energia. A questão de nos tornarmos mais eficientes é a primeira prioridade; menos dependentes será a segunda".
Mas os argumentos mais ferozes contra a aposta política nas renováveis não estão relacionados com a tecnologia, mas sim com a sua subsidiação. E a resposta de Mexia é proporcionalmente feroz: "uma mentira repetida 20 vezes não passa a ser verdade. É simplesmente uma mentira grosseira".
E dá os argumentos. "A EDP só tem 16% das renováveis em Portugal. Há 84% que não são da EDP. 90% do negócio da EDP Renováveis é fora de Portugal. Quando nós vemos que nas novas tarifas das eólicas a mais baixa de todas é em Portugal..."
A ideia fica a pairar na redacção do Negócios, para ser rapidamente recapturada pelo presidente da EDP e relançada com maior investimento emocional: "Dos últimos concursos eólicos, vejam quantos é que conseguiram montar o financiamento. Não fazem. A única coisa que peço é o seguinte: cada vez que se fazem afirmações, que se apresente a confirmação. Esta agitação superficial, baseada em convicções, mas muito pouco em números, não pode existir."
E a culpa das subidas das tarifas nem é das renováveis. "Está essencialmente associado ao facto de que quando estabeleceram a tarifa em 2007 o preço do petróleo no ano a seguir ter sido o dobro do que se esperava".