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(Entrevista publicada na edição em papel a 26 de Julho)
"Vários ex-ministros das Finanças foram chamados para ir falar das medidas da troika à minha escola [Nova School of Business and Economics], falou-se de execução, e eu tive esta intuição pedagógica: a questão é a execução. E no fim atrevi-me, ousei. O anfiteatro é gigantesco e estava bastante cheio e disse: vamos repetir, execução, execução, execução. Inicialmente hesitaram, mas depois comecei a inspirar-me em Vilar de Mouros e no fim estava toda a gente a gritar - execução! Execução! Execução!".
Adiante no seu diálogo, o economista cola o conceito à actualidade. "Há, de facto, um consenso em Portugal, entre as principais forças políticas e até mesmo de muitos observadores, no sentido de que se tem de ter rigor orçamental. Sem isso, não há democracia. Penso que essa ideia de execução não existia tanto como agora. E a formação deste Governo, pelo que pude apreciar, tem muitas pessoas de execução. Eu estou convencido de que a ideia de execução vai passar e esta é a principal diferença face ao que aconteceu antes".
Até porque, acrescenta, "num país onde nove décimos dos deputados se comprometeram com um determinado caminho, isso dá uma tranquilidade extrema".
Há, contudo, obstáculos que se podem colocar até se atingir esse estado de execução. Um deles, o principal, está relacionado com o perigo daquilo que classifica como os grupo "think", onde se encontram formas de resolver os problemas "através de qualquer coisa que já existe e de um consenso em certas medidas". Só que - e daqui resulta o perigo - "a prova desse consenso não é estar no papel mas, sim, ser executado".
"Vários ex-ministros das Finanças foram chamados para ir falar das medidas da troika à minha escola [Nova School of Business and Economics], falou-se de execução, e eu tive esta intuição pedagógica: a questão é a execução. E no fim atrevi-me, ousei. O anfiteatro é gigantesco e estava bastante cheio e disse: vamos repetir, execução, execução, execução. Inicialmente hesitaram, mas depois comecei a inspirar-me em Vilar de Mouros e no fim estava toda a gente a gritar - execução! Execução! Execução!".
Adiante no seu diálogo, o economista cola o conceito à actualidade. "Há, de facto, um consenso em Portugal, entre as principais forças políticas e até mesmo de muitos observadores, no sentido de que se tem de ter rigor orçamental. Sem isso, não há democracia. Penso que essa ideia de execução não existia tanto como agora. E a formação deste Governo, pelo que pude apreciar, tem muitas pessoas de execução. Eu estou convencido de que a ideia de execução vai passar e esta é a principal diferença face ao que aconteceu antes".
Até porque, acrescenta, "num país onde nove décimos dos deputados se comprometeram com um determinado caminho, isso dá uma tranquilidade extrema".
Há, contudo, obstáculos que se podem colocar até se atingir esse estado de execução. Um deles, o principal, está relacionado com o perigo daquilo que classifica como os grupo "think", onde se encontram formas de resolver os problemas "através de qualquer coisa que já existe e de um consenso em certas medidas". Só que - e daqui resulta o perigo - "a prova desse consenso não é estar no papel mas, sim, ser executado".