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(Entrevista publicada na edição em papel a 25 de Agosto)
"No Portugal democrático é possível protestar e é possível governar". Esta é a convicção de Joaquim Pina Moura, sustentada quer nos casos mais recentes de manifestações, como a dos professores, quer no enquadramento institucional. Para o ex-ministro de António Guterres e actual presidente da Iberdrola Portugal "não há qualquer laivo ou síndroma de contestação violenta à decisões políticas" no País.
Recorda que "as maiores manifestações sociais" nos executivos de José Sócrates "foram fundamentalmente nos sectores menos tradicionais da movimentação política aguda", como foi o caso dos professores. "Nunca tinha havido em Portugal a movimentação que houve de professores". E, salienta, "não houve nenhum problema, o que houve foi um sublinhado de que algo não estava bem nas decisões do Governo nessa matéria".
A experiência recente dá assim, na sua opinião, esse contributo positivo de alerta aos governos ao mesmo tempo que mostra, naquilo que mostra, na vertente do funcionamento das instituições, que, "em Portugal, a contestação social não é um drama". Ou seja, explica, "os agentes sociais, estejam eles situados no Governo ou nas confederações patronais e sindicais, pautam-se pelas regras constitucionais de direito ao protesto, de direito à livre organização de manifestações e essas manifestações e esses protestos pesam o que podem pesar". E esse peso, sendo muito, não é mais do que a reflexão e a avaliação de como vai evoluindo a situação económica e social, considera.
Reconhece, contudo, que também dependerá do desempenho do Governo. "Evidentemente que, se o Governo do PSD e do CDS se dedicassem, coisa que espero que não aconteça, a coleccionarem um conjunto de erros políticos significativos, isso poderia ter efeitos de desgaste". Perspectivas que acredita "não estão no horizonte".
"No Portugal democrático é possível protestar e é possível governar". Esta é a convicção de Joaquim Pina Moura, sustentada quer nos casos mais recentes de manifestações, como a dos professores, quer no enquadramento institucional. Para o ex-ministro de António Guterres e actual presidente da Iberdrola Portugal "não há qualquer laivo ou síndroma de contestação violenta à decisões políticas" no País.
Recorda que "as maiores manifestações sociais" nos executivos de José Sócrates "foram fundamentalmente nos sectores menos tradicionais da movimentação política aguda", como foi o caso dos professores. "Nunca tinha havido em Portugal a movimentação que houve de professores". E, salienta, "não houve nenhum problema, o que houve foi um sublinhado de que algo não estava bem nas decisões do Governo nessa matéria".
A experiência recente dá assim, na sua opinião, esse contributo positivo de alerta aos governos ao mesmo tempo que mostra, naquilo que mostra, na vertente do funcionamento das instituições, que, "em Portugal, a contestação social não é um drama". Ou seja, explica, "os agentes sociais, estejam eles situados no Governo ou nas confederações patronais e sindicais, pautam-se pelas regras constitucionais de direito ao protesto, de direito à livre organização de manifestações e essas manifestações e esses protestos pesam o que podem pesar". E esse peso, sendo muito, não é mais do que a reflexão e a avaliação de como vai evoluindo a situação económica e social, considera.
Reconhece, contudo, que também dependerá do desempenho do Governo. "Evidentemente que, se o Governo do PSD e do CDS se dedicassem, coisa que espero que não aconteça, a coleccionarem um conjunto de erros políticos significativos, isso poderia ter efeitos de desgaste". Perspectivas que acredita "não estão no horizonte".