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Só inovando é que se sobrevive, sobretudo quando estamos numa era de hipercrescimento, garante Paulo Dimas, vice-presidente de inovação de produto da Unbabel, uma startup na área da tradução que combina inteligência artificial com tradutores humanos. "Num prazo de dez anos, metade das companhias que estão no Standard & Poor’s 500 vão desaparecer. A taxa de mortalidade é extremamente alta", disse na primeira talk do Prémio Nacional de Inovação (PNI), uma iniciativa que juntou o Jornal de Negócios, o BPI e a Claranet, em parceria com a Cotec Portugal e a Nova SBE como knowledge partner. Um destino explicado pelo facto de o ritmo de adoção de tecnologia ser cada vez mais vertiginoso.
Neste ambiente altamente desafiante, com uma absoluta necessidade de inovar para sobreviver, como é possível ter sucesso? O princípio que guia e leva a Unbabel a inovar assenta, segundo Paulo Dimas, na forma como a tecnologia é adotada. Vejamos o exemplo do smartphone. Quando o iPhone foi lançado, em junho de 2007, passou basicamente por três fases de adoção. A primeira foi pôr a tecnologia a funcionar, depois encontrar uma estratégia de marketing de produto e uma terceira fase de crescimento exponencial. "Temos de estar preparados para detetar este padrão em todas as tecnologias que surgem. O segredo é conseguirmos perceber como é que uma tecnologia pode ser tão transformadora que leve a um crescimento exponencial. Mesmo no lançamento do iPhone, não sabíamos muito bem o que iria acontecer e de que forma os telemóveis iam ser utilizados."
A "era" da IA
Os smartphones acabaram por ser um trampolim e impulsionador de, mais do que novas tecnologias, novos modelos de negócio. E de usarmos o telemóvel para ver o tempo, ir à net ou ler o email, como ilustrava o primeiro anúncio ao iPhone. Hoje, temos aplicações como a Uber ou Instagram a fazerem parte do nosso dia a dia. "A forma como a tecnologia é adotada é completamente inesperada."
Neste ciclo de crescimento, Paulo Dimas garante estarmos na "era" da inteligência artificial. "E é com base neste contexto que agora inovamos. O que é possível fazer com a inteligência artificial que temos hoje?"
Combinando esta nova tecnologia, de resto já premiada, surgiu a ideia de aplicar esta possibilidade a um novo produto, dando vida ao Unbabel Chat. "Esta é uma das aprendizagens: muita da inovação vem da engenharia, das pessoas que estão a trabalhar com a tecnologia no dia a dia."
Clientes-modelo são fundamentais
No processo de inovação, Paulo Dimas falou na importância de trabalhar com alguns clientes iniciais no sentido de detetar o valor do produto, se vai ser utilizável, se é possível construir e, não menos importante, se é viável do ponto de vista de modelo de negócio. Outro aspeto enfatizado pelo vice-presidente de inovação de produto é elevar a equipa a pensar não no possível, mas no impossível.
Ou seja, a jornada de inovação, no caso do Unbabel Chat, começou com uma ideia, seguida por um protótipo que foi apresentado a alguns clientes. "Dois anos depois tínhamos o produto a escalar e a ser usado por muitos clientes." Um produto particularmente importante para a empresa já que, hoje, é responsável por 30% das receitas da Unbabel.
Neste ambiente altamente desafiante, com uma absoluta necessidade de inovar para sobreviver, como é possível ter sucesso? O princípio que guia e leva a Unbabel a inovar assenta, segundo Paulo Dimas, na forma como a tecnologia é adotada. Vejamos o exemplo do smartphone. Quando o iPhone foi lançado, em junho de 2007, passou basicamente por três fases de adoção. A primeira foi pôr a tecnologia a funcionar, depois encontrar uma estratégia de marketing de produto e uma terceira fase de crescimento exponencial. "Temos de estar preparados para detetar este padrão em todas as tecnologias que surgem. O segredo é conseguirmos perceber como é que uma tecnologia pode ser tão transformadora que leve a um crescimento exponencial. Mesmo no lançamento do iPhone, não sabíamos muito bem o que iria acontecer e de que forma os telemóveis iam ser utilizados."
A "era" da IA
Os smartphones acabaram por ser um trampolim e impulsionador de, mais do que novas tecnologias, novos modelos de negócio. E de usarmos o telemóvel para ver o tempo, ir à net ou ler o email, como ilustrava o primeiro anúncio ao iPhone. Hoje, temos aplicações como a Uber ou Instagram a fazerem parte do nosso dia a dia. "A forma como a tecnologia é adotada é completamente inesperada."
Neste ciclo de crescimento, Paulo Dimas garante estarmos na "era" da inteligência artificial. "E é com base neste contexto que agora inovamos. O que é possível fazer com a inteligência artificial que temos hoje?"
O segredo é conseguirmos perceber como é que uma tecnologia pode ser tão transformadora que leve a um crescimento exponencial. Paulo Dimas
Vice-presidente de inovação de produto da Unbabel
No processo de inovação, Paulo Dimas sustenta a necessidade de estar permanentemente a pensar no que vem a seguir, aliado à tecnologia existente. No caso da Unbabel, esse potenciador foi precisamente a inteligência artificial. A empresa lançou o Unbabel Chat, um produto que deu a possibilidade de as pessoas interagirem com um cliente no seu idioma, através de mensagens. "Tudo partiu de um trabalho de investigação fundamental em inteligência artificial", disse à plateia. "A nossa equipa estava a trabalhar numa nova tecnologia de estimativa de qualidade que permite, usando IA, detetar se uma tradução feita precisamente por inteligência artificial tem ou não qualidade. No fundo, é uma IA que permite saber... o que a outra IA não sabe."Vice-presidente de inovação de produto da Unbabel
Combinando esta nova tecnologia, de resto já premiada, surgiu a ideia de aplicar esta possibilidade a um novo produto, dando vida ao Unbabel Chat. "Esta é uma das aprendizagens: muita da inovação vem da engenharia, das pessoas que estão a trabalhar com a tecnologia no dia a dia."
Clientes-modelo são fundamentais
No processo de inovação, Paulo Dimas falou na importância de trabalhar com alguns clientes iniciais no sentido de detetar o valor do produto, se vai ser utilizável, se é possível construir e, não menos importante, se é viável do ponto de vista de modelo de negócio. Outro aspeto enfatizado pelo vice-presidente de inovação de produto é elevar a equipa a pensar não no possível, mas no impossível.
Ou seja, a jornada de inovação, no caso do Unbabel Chat, começou com uma ideia, seguida por um protótipo que foi apresentado a alguns clientes. "Dois anos depois tínhamos o produto a escalar e a ser usado por muitos clientes." Um produto particularmente importante para a empresa já que, hoje, é responsável por 30% das receitas da Unbabel.