Millennium BCP e CGD lançaram recentemente campanhas apelando às famílias. A lógica é que, juntos, podem ter mais vantagens. As soluções apresentadas têm objectivos distintos. Se num lado consegue poupar em comissões, no banco do Estado a ideia é permitir que as poupanças cresçam mais. O "Caixa Família" permite "agrupar as contas poupança da família, para que todos possam beneficiar de um juro superior ao que teriam individualmente", diz o banco.

Nas aplicações a prazo, as taxas de juro variam em função do montante aplicado. Há sempre valores mínimos para os subscrever, aos quais são oferecidas taxas base que, nesta altura estão em níveis de 2010. Mas quem mais tem, consegue beneficiar de juros superiores. Neste caso, na conta poupança implícita no produto, é apresentada uma remuneração base, mas que é revista em alta caso a poupança de todos os membros da família ultrapasse os 50.000 euros.

Assim, se o montante global ficar abaixo dos 50.000 euros, a taxa é de 0,95% mais 20% da Euribor a seis meses. Se for superior, o prémio cresce para 1,05%. A esta taxa base pode acrescer um prémio de 2% ou 2,1% nos dois primeiros semestres (consoante o total seja inferior ou superior a 50.000) se além das poupança tiverem domiciliados os vencimentos. É dado um prémio por ter o dinheiro dos familiares junto, "mas as taxas não são interessantes", diz António Ribeiro da Deco. Há propostas melhores noutros bancos, mesmo para valores inferiores.

Poupar nas comissões

Mesmo sem poupanças para pôr a render, a família pode ajudar a baixar custos com as contas no banco. É isso que é oferecido no BCP: "Descontos entre 50% e 100% na comissão mensal da sua solução integrada de produtos e serviços bancários!", refere o banco. Não lhe oferecem juros, antes uma poupança que deve ser tida em conta numa altura em que as comissões bancárias pesam.

"Para beneficiar das vantagens do novo Desconto Família e aumentar a poupança do seu orçamento familiar basta convidar um familiar a aderir a uma das Soluções Integradas do Millennium BCP", revela o banco. No BCP, mas também na CGD, os objectivos são assumidos: conquistar clientes. "A ideia é captar mais clientes. Fazem com que mais elementos da família tenham conta" nestes bancos, sublinha António Ribeiro.