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Como escolher os seguros mais baratos

Há seguros para (quase) tudo. Mas há três que a generalidade dos portugueses têm: saúde, casa e carro. São garantia de protecção, mas não têm de ser um fardo no orçamento. O Negócios diz-lhe o que deve fazer para encontrar as soluções mais baratas, mas também os cuidados a ter.

31 de Outubro de 2014 às 09:00
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1. Cuidado com a linguagem complexa dos seguros de saúde

Os seguros de saúde são provavelmente os mais complexos de todos, pela sua linguagem hermética e também pelo elevado número de coberturas e exclusões que apresentam. É difícil comparar estes seguros só tendo em conta o prémio, pois a preços diferentes estão associadas coberturas, exclusões e períodos de carência muito diversos.

 

"Os seguros de saúde são muito complexos e apresentam uma linguagem hermética", alerta Mónica Dias. Para a economista da Deco, os consumidores devem "fazer uma boa prospecção de mercado, procurar as coberturas que correspondem às suas necessidades e ter muita atenção às exclusões".

Devem começar por estabelecer critérios e ter atenção aos limites de capital, franquias e períodos de carência. "Se optar por seguro de grupo, nomeadamente através da entidade empregadora, poderá ter acesso a condições mais vantajosas, uma vez que a empresa tem maior poder negocial", frisa a especialista da Deco.

 

É importante ter em atenção que nenhum seguro de saúde cobre problemas já existentes. O consumidor deve ter cuidado no preenchimento da proposta de seguro e não omitir nenhuma informação, sendo o mais correcto e rigoroso possível.

 

2. No seguro da casa, o barato pode sair caro

A lei obriga a que os imóveis tenham seguro de incêndio. Mas esta pode ser uma das coberturas do seguro multirriscos habitação que pode, contudo, incluir outros problemas como roubo, tempestades, fenómenos sísmicos, responsabilidade civil, entre outros. O principal objectivo é segurar o valor do imóvel e do recheio da casa, no caso de um evento que provoque a sua destruição.

 

"A oferta é muito grande, por isso, o consumidor deve começar por fazer uma prospecção do mercado, adequando as coberturas do seguro às características do imóvel em questão", explica Mónica Dias, economista da Deco. O prémio a pagar por este seguro vai depender do valor do capital seguro.

 

Nesse sentido, o consumidor deve ser rigoroso e calcular quanto teria de gastar para comprar todos os bens novamente e avaliar o imóvel pelo valor de reconstrução. Em causa estará o risco de "em caso de sinistro, receber menos do que os bens valem ou a possibilidade de pagar prémios elevados desnecessariamente", diz a especialista da Deco.

 

3. Online é mais barato proteger o seu carro

Quem tem automóvel, tem de ter seguro. Mas o valor do prémio não tem de ser um fardo no orçamento familiar. Especialmente quando existe uma multiplicidade de companhias de seguro no mercado. Desde as tradicionais, há muito estabelecidas, até outras mais recentes, nomeadamente as companhias online.

 

Um seguro automóvel feito através da Internet tende a ser sempre mais barato, isto porque estas companhias transferem para os clientes a poupança que têm com o facto de não existirem custos de rede. Pagando o prémio anual todo de uma vez, especialmente se o fizer através de débito directo, o valor tende a ser ainda mais baixo. E se tiver mais do que um carro, poder ser mais barato juntá-los na mesma companhia.

 

O preço é sempre um factor a ter em conta. Mas não deve ser o único. Veja as coberturas. Nos seguros de terceiros, a responsabilidade civil obrigatória é de seis milhões de euros, mas no de "todos os riscos", está incluído o choque, capotamento ou colisão, furto ou roubo, e incêndio, raio ou explosão. Veja se precisa de todos. E também quanto terá de pagar em caso de activação do seguro. O ideal será ter uma franquia de 0%, ou seja, não ter de pagar nada, mas isso sai caro. Com 2%, o prémio baixa. E o custo não é assim tão elevado em caso de sinistro.

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