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"No negócio são necessárias todas as partes." Mário Sérgio Nuno acredita que todos têm o seu papel, os grandes e os pequenos.
E é nisso que todo o sector tem de pensar, acreditam os agentes, que advertem para a falta de entendimento que muitas vezes existe, com a comissão certificadora, regiões, produtores. E, acrescenta-se, "se comunicarmos de forma confusa nunca vamos conquistar o consumidor, se comunicarmos de forma precisa é mais fácil atingir o objectivo". Tudo se resume a uma questão de auto-regulação, que acaba por ser baralhada com as alterações realizadas a nível comunitário, quando se criou o conceito da indicação geográfica, que pretendia ocupar o espaço dos vinhos regionais, num conceito mais amplo que visava enfrentar os produtores do novo mundo, como americanos e australianos. Em Portugal, em alguns casos, complicou-se, ao atenuar a diferenciação para o consumidor entre os vinhos de indicação geográfica e os que já existiam de denominação de origem. "Havia um exercício a fazer em Portugal", vai-se dizendo.
Para Jorge Monteiro, "devíamos ser mais exigentes nas denominações de origem e depois aproveitar o conceito de indicação geográfica para procurar outros volumes, com outra escala". Deixar a diferenciação para a denominação de origem e a maior padronização para a indicação geográfica. "No aspecto produtivo deu-se um salto qualitativo enorme em Portugal nos últimos 25 anos", mas acrescenta Mário Sérgio Nuno "tem de haver a valorização do mercado e o intercâmbio em toda a cadeia de negócio. O negócio tem de ser negócio na verdadeira acepção da palavra, e bom para todas as partes, senão teremos dificuldades acrescidas."
Além desta auto-regulação, detecta-se outra insuficiência no sector: a falta do conhecimento dos mercados e a má formação em comércio internacional. "Temos um mau discurso e vamos muitas vezes para as reuniões mal preparados", avança-se, para explicar porque somos ainda muitas vezes vistos como um mercado de preço. "Temos de desenvolver outra atitude. Não basta dizermos que temos castas autóctones, que temos diversidade no clima e solos, temos depois, no negócio, de estarmos convencidos de que a diferenciação é uma vantagem competitiva e colocar a diversificação como argumentário em cima da mesa. Não basta dizer que o nosso vinho é melhor, na negociação temos de trabalhar como se estivéssemos convencidos de que o nosso vinho é o melhor", sugere Jorge Monteiro, concluindo: "Temos bom produto."
E é nisso que todo o sector tem de pensar, acreditam os agentes, que advertem para a falta de entendimento que muitas vezes existe, com a comissão certificadora, regiões, produtores. E, acrescenta-se, "se comunicarmos de forma confusa nunca vamos conquistar o consumidor, se comunicarmos de forma precisa é mais fácil atingir o objectivo". Tudo se resume a uma questão de auto-regulação, que acaba por ser baralhada com as alterações realizadas a nível comunitário, quando se criou o conceito da indicação geográfica, que pretendia ocupar o espaço dos vinhos regionais, num conceito mais amplo que visava enfrentar os produtores do novo mundo, como americanos e australianos. Em Portugal, em alguns casos, complicou-se, ao atenuar a diferenciação para o consumidor entre os vinhos de indicação geográfica e os que já existiam de denominação de origem. "Havia um exercício a fazer em Portugal", vai-se dizendo.
Para Jorge Monteiro, "devíamos ser mais exigentes nas denominações de origem e depois aproveitar o conceito de indicação geográfica para procurar outros volumes, com outra escala". Deixar a diferenciação para a denominação de origem e a maior padronização para a indicação geográfica. "No aspecto produtivo deu-se um salto qualitativo enorme em Portugal nos últimos 25 anos", mas acrescenta Mário Sérgio Nuno "tem de haver a valorização do mercado e o intercâmbio em toda a cadeia de negócio. O negócio tem de ser negócio na verdadeira acepção da palavra, e bom para todas as partes, senão teremos dificuldades acrescidas."
Temos de trabalhar a atitude. Não basta dizer que o nosso vinho é melhor. Na negociação temos de trabalhar como se estivéssemos convencidos de que o nosso vinho é o melhor. Jorge Monteiro
Presidente da ViniPortugal
Presidente da ViniPortugal
Além desta auto-regulação, detecta-se outra insuficiência no sector: a falta do conhecimento dos mercados e a má formação em comércio internacional. "Temos um mau discurso e vamos muitas vezes para as reuniões mal preparados", avança-se, para explicar porque somos ainda muitas vezes vistos como um mercado de preço. "Temos de desenvolver outra atitude. Não basta dizermos que temos castas autóctones, que temos diversidade no clima e solos, temos depois, no negócio, de estarmos convencidos de que a diferenciação é uma vantagem competitiva e colocar a diversificação como argumentário em cima da mesa. Não basta dizer que o nosso vinho é melhor, na negociação temos de trabalhar como se estivéssemos convencidos de que o nosso vinho é o melhor", sugere Jorge Monteiro, concluindo: "Temos bom produto."