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Muito se tem discutido sobre o impacto do turismo na melhoria do défice externo português. Os números parecem confirmar a existência de uma influência importante. Segundo os dados do Banco de Portugal, o saldo da balança turística cresceu 2,4 mil milhões de euros entre 2008 e 2014, o que representa 13,5% da melhoria total do saldo da balança comercial de bens e serviços, o principal ingrediente do saldo externo.
Esta balança representa a diferença entre a receita e a despesa turística. O que significa isso? Do lado da receita, estão lá incluídos os gastos de viajantes estrangeiros em bens e serviços em território português num período inferior a um ano. A despesa turística é o espelho disto: aquilo que viajantes portugueses gastam no estrangeiro.
Nos últimos anos, tanto a receita com a despesa turística cresceram. No entanto, a primeira avançou a um ritmo muito superior à primeira. Enquanto a receita aumentou 38% desde 2008, a segunda apenas 13%. O resultado foi uma melhoria de 55% do saldo, que foi sempre positivo ao longo de toda a séria (começa em 1995), mas que, desde 2009, entrou num ciclo de crescimento mais veloz.
Dados que parecem confirmar que o sector possui uma dinâmica muito positiva, mas também que essa dinâmica não começou há pouco tempo, mas sim depois da crise financeira.
Se olharmos para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector de alojamento e restauração, por exemplo, verifica-se um aumento de 6% entre 2008 e 2012. Um ritmo mais lento do que nos anos anteriores, que se pode justificar com um abrandamento geral da economia nacional e por estarem aqui integrados os restaurantes (influenciados pela quebra da procura interna).
O peso desses dois sectores na economia passou de 3,9% do VAB total em 1995, para 5,1% em 2012 (não existem dados mais recentes), estando a crescer ao mesmo ritmo sensivelmente desde meados da década de 90.
Embora os dados sejam positivos para o sector (as dormidas e os hóspedes também não param de crescer), no emprego as conclusões não são iguais. Segundo os dados do Pordata - que separam a hotelaria da restauração - o emprego em hotéis está a cair desde 2008, atingindo em 2013 o valor mais baixo desde 2006. Segundo esses números, há 44,7 mil portugueses empregados em hotelaria, menos 6% do que em 2008.
Esta balança representa a diferença entre a receita e a despesa turística. O que significa isso? Do lado da receita, estão lá incluídos os gastos de viajantes estrangeiros em bens e serviços em território português num período inferior a um ano. A despesa turística é o espelho disto: aquilo que viajantes portugueses gastam no estrangeiro.
Nos últimos anos, tanto a receita com a despesa turística cresceram. No entanto, a primeira avançou a um ritmo muito superior à primeira. Enquanto a receita aumentou 38% desde 2008, a segunda apenas 13%. O resultado foi uma melhoria de 55% do saldo, que foi sempre positivo ao longo de toda a séria (começa em 1995), mas que, desde 2009, entrou num ciclo de crescimento mais veloz.
Dados que parecem confirmar que o sector possui uma dinâmica muito positiva, mas também que essa dinâmica não começou há pouco tempo, mas sim depois da crise financeira.
Se olharmos para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector de alojamento e restauração, por exemplo, verifica-se um aumento de 6% entre 2008 e 2012. Um ritmo mais lento do que nos anos anteriores, que se pode justificar com um abrandamento geral da economia nacional e por estarem aqui integrados os restaurantes (influenciados pela quebra da procura interna).
O peso desses dois sectores na economia passou de 3,9% do VAB total em 1995, para 5,1% em 2012 (não existem dados mais recentes), estando a crescer ao mesmo ritmo sensivelmente desde meados da década de 90.
Embora os dados sejam positivos para o sector (as dormidas e os hóspedes também não param de crescer), no emprego as conclusões não são iguais. Segundo os dados do Pordata - que separam a hotelaria da restauração - o emprego em hotéis está a cair desde 2008, atingindo em 2013 o valor mais baixo desde 2006. Segundo esses números, há 44,7 mil portugueses empregados em hotelaria, menos 6% do que em 2008.
Brasileiros e angolanos são os que mais gastam
O Reino Unido continua a ser o país de origem da maior parte dos hóspedes estrangeiros. Porém, não são os que mais gastam. Os turistas brasileiros são aqueles que mais dinheiro gastam nas deslocações a Portugal, com uma média diária per capita de 277 euros, seguidos por Angola e Estados Unidos (valores que podem ser influenciados pelo facto de a distância ser maior e, por arrasto, o transporte mais caro). Se a análise se concentrar apenas na Europa, o gasto médio superior pertence aos visitantes russos (151 euros/dia), seguidos pelos escandinavos (105 euros). França, por outro lado, apresenta o valor mais baixo entre os países para os quais o INE tem dados (68 euros). O que se pode explicar com a relação inversa que existe entre o peso dos emigrantes portugueses nos países de origem e os gastos médios dos visitantes, devido ao acesso a alojamento e refeições gratuitas.