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O eucalipto é a principal matéria-prima da indústria da pasta e do papel. Mas tem sido criticado o peso que começa a ocupar na paisagem florestal em Portugal. O que o sector contesta. "Na verdade, Portugal devia estar orgulhoso de ter o eucalipto", consideram os protagonistas desta indústria que estiveram presentes no "think tank" do Negócios e Banco Popular, dedicado às indústrias da pasta e papel e dos moldes.
É, acrescentam, uma espécie de eucalipto que não cresce tão depressa, mas que garante maior rendimento à espécie, tendo características únicas. E há um casamento perfeito entre esta espécie e a indústria da pasta e do papel. Com vantagens, por exemplo, face à variedade de eucalipto existente na América do Sul. É essa a razão do sector de a pasta e papel ser "tão pujante". "Ter uma matéria-prima que nos diferencia pela sua qualidade", no entanto, acrescenta a indústria, há um travão na área florestal que pode, segundo os mesmos protagonistas, "limita ou impede mesmo o acréscimo significativo de capacidade num sector em que o país tem demonstrado ter desenvolvido uma capacidade competitiva para continuar a crescer e, por outro lado, reduz quer a rentabilidade das empresas que o próprio valor acrescentado para a economia nacional". É que a indústria vê-se obrigada a importar matéria-prima, por não haver suficiente em Portugal. As importações atingem 200 milhões de euros.
A indústria reclama, pois, a possibilidade de haver mais eucaliptal no país. "O que é mais desagradável verificar é que a situação se deve a um conjunto de circunstâncias e não haverá uma única que seja suficientemente explicadora desta deficiência de matéria-prima", mas fala-se de "uma resistência que se foi criando sem base técnica rigorosamente nenhuma que leva a que algumas vozes, sectores de opiniões, depreciem o que é uma riqueza nacional e que muitos outros países gostariam de ter". A indústria admite que tem comunicado mal sobre a importância do eucalipto e o estigma que se criou de que era prejudicial ao ambiente. Esta indústria diz que não é e que é uma árvore que está há 200 anos na paisagem portuguesa.
Portugal, acrescenta-se, tem condições para o crescimento florestal. O problema é que o país está a perder área florestal e está a ganhar áreas abandonadas o que tem várias consequências, como os incêndios. É ainda acrescentado que esta área florestal dissemina rendimento. "Este sector é o que mais capacidade tem de irradiação de rendimento ao longo de toda a cadeia de valor." Está presente na maior parte dos concelhos, tem pólos industriais e emprega milhares de pessoas. "Temos essa capacidade de gerar efeitos na cadeia muito importantes."
É, acrescentam, uma espécie de eucalipto que não cresce tão depressa, mas que garante maior rendimento à espécie, tendo características únicas. E há um casamento perfeito entre esta espécie e a indústria da pasta e do papel. Com vantagens, por exemplo, face à variedade de eucalipto existente na América do Sul. É essa a razão do sector de a pasta e papel ser "tão pujante". "Ter uma matéria-prima que nos diferencia pela sua qualidade", no entanto, acrescenta a indústria, há um travão na área florestal que pode, segundo os mesmos protagonistas, "limita ou impede mesmo o acréscimo significativo de capacidade num sector em que o país tem demonstrado ter desenvolvido uma capacidade competitiva para continuar a crescer e, por outro lado, reduz quer a rentabilidade das empresas que o próprio valor acrescentado para a economia nacional". É que a indústria vê-se obrigada a importar matéria-prima, por não haver suficiente em Portugal. As importações atingem 200 milhões de euros.
Aumentar a produtividade A produtividade em muitas plantações de eucalipto é baixa. A indústria quer melhores práticas. Garante que trabalha com produtores para o conseguir. Mas é preciso mais. Há áreas com um terço da produtividade que deveriam ter. São áreas pequenas. A propriedade média tem 0,8 hectares. A pulverização da propriedade torna difícil a sua gestão. Além de haver um problema de cadastro. Não se conhecem os proprietários. Ainda assim tem sido feito algum trabalho de agregação, com as associações de produtores florestais. Mas "é um caminho que devia ser muito mais incentivado", o que necessitava de outros apoios. O que a fileira não necessita, acrescentam os industriais, é instabilidade legislativa e de regulamentação, como a que se pretende agora com a proposta de alteração do regime jurídico aplicável às acções de arborização e rearborização (RJAAR).
A indústria reclama, pois, a possibilidade de haver mais eucaliptal no país. "O que é mais desagradável verificar é que a situação se deve a um conjunto de circunstâncias e não haverá uma única que seja suficientemente explicadora desta deficiência de matéria-prima", mas fala-se de "uma resistência que se foi criando sem base técnica rigorosamente nenhuma que leva a que algumas vozes, sectores de opiniões, depreciem o que é uma riqueza nacional e que muitos outros países gostariam de ter". A indústria admite que tem comunicado mal sobre a importância do eucalipto e o estigma que se criou de que era prejudicial ao ambiente. Esta indústria diz que não é e que é uma árvore que está há 200 anos na paisagem portuguesa.
Portugal, acrescenta-se, tem condições para o crescimento florestal. O problema é que o país está a perder área florestal e está a ganhar áreas abandonadas o que tem várias consequências, como os incêndios. É ainda acrescentado que esta área florestal dissemina rendimento. "Este sector é o que mais capacidade tem de irradiação de rendimento ao longo de toda a cadeia de valor." Está presente na maior parte dos concelhos, tem pólos industriais e emprega milhares de pessoas. "Temos essa capacidade de gerar efeitos na cadeia muito importantes."
PROTAGONISTAS Quem esteve no "think tank" sobre pasta e papel e moldes Optou-se pela regra Chatham House, em que tudo pode ser escrito, mas nada pode ser atribuído para liberdade de opinião.
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Carlos Álvares Presidente do Banco Popular Portugal |
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Carlos Van Zeller Administrador da Altri |
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João Faustino Presidente da Cefamol |
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José Luís Carvalho Membro do grupo técnico florestal da Celpa |
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Manuel Regalado Administrador da The Navigator Company |
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Nuno Silva Presidente da Moldit |