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Engenheiros também estão em falta nos moldes

A associação do sector fez um protocolo com o Instituto Politécnico da Marinha Grande para garantir o pagamento de bolsas a estudantes de moldes em engenharia mecânica, garantindo emprego aos melhores no final do curso.

14 de Julho de 2016 às 11:53
Inês Lourenço
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O sector dos moldes precisa de engenheiros. "Hoje a juventude gosta muito da banca, dos serviços". Mas o país, e este sector, precisa de engenheiros.

A indústria, através da Cefamol - Associação da Indústria Nacional dos Moldes, fechou, por isso, um acordo com o Instituto Politécnico da Marinha Grande no âmbito do qual as propinas dos melhores alunos da área de moldes, na engenharia mecânica, são pagas pelas empresas que lhes garantem emprego no final do curso. O protocolo tem três anos. Há dois, havia sete empresas envolvidas. Agora garantiram a p de 27 companhias, que estão disponíveis para pagar bolsas aos alunos.

"Temos as máquinas mais sofisticadas do mundo, mas falta mão-de-obra qualificada". Por isso, a aproximação da academia à indústria. A falta de engenheiros sentir-se-á mais à frente com maior intensidade. É que a expansão da indústria de moldes nos anos 80 levou muitas pessoas à área, mas são trabalhadores com 36 ou 40 anos de trabalho. Daqui a uns anos reformam-se. E sem jovens a entrar em engenharia e com os mais antigos a saírem, o problema pode ser grande. Além de que não basta formar nos bancos da universidade engenheiros. É preciso dar-lhes, depois, formação "on job", já que a experiência é essencial. "Temos de juntar a experiência com ensino", além de se assumir a necessidade de "ter dentro das empresas pessoas com cada vez mais conhecimento científico para as tecnologias que vão aparecendo". Mas não é apenas de licenciados e doutorados que a indústria precisa. Faltam também técnicos.

Também pela mão-de-obra a indústria diz ter um problema na internacionalização, a que acrescenta a falta de dimensão. É aliás lembrado que a maior parte das empresas deste sector têm entre 15 e 50 trabalhadores. E apenas duas ou três dúzias terão mais de 50. Há 400 empresas de moldes, algumas com uma ou duas pessoas.

A indústria de moldes lamenta ainda que não tenha sido criado um "cluster" para a sua área e que todo o esforço de promoção seja feita pela associação sectorial que criou, ela própria, uma marca: Pool.net. "Andamos a substituir o Estado na promoção das valências que existem em Portugal". 

PROTAGONISTAS Quem esteve no "think tank" sobre pasta e papel e moldes Optou-se pela regra Chatham House, em que tudo pode ser escrito, mas nada pode ser atribuído para liberdade de opinião.

Carlos Álvares
Presidente do Banco Popular Portugal
Carlos Van Zeller
Administrador da Altri
João Faustino
Presidente da Cefamol
José Luís Carvalho
Membro do grupo técnico florestal da Celpa
Manuel Regalado
Administrador da The Navigator Company
Nuno Silva
Presidente da Moldit



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