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Tomi: O smartphone gigante que quer continuar a crescer

A necessidade aguça o engenho e a percepção de que faltava informação urbana útil fez nascer o Tomi. De Viseu para o mundo é a ideia para o smartphone gigante que já está presente em meia centena de cidades.

15 de Abril de 2015 às 08:00
Bruno Simão/Negócios
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"O primeiro smartphone gigante" equipado e "preparado para estar na rua" nasceu em Viseu. Obra da Tomi World, que idealizou e desenvolveu uma plataforma digital interactiva com o intuito de suprir uma "necessidade latente de informação urbana na rua", explica José Agostinho, CEO da empresa.

 

O software foi totalmente desenvolvido por esta tecnológica viseense instalada num rés-do-chão próximo do centro de Viseu. A partir de instalações bem distantes de um qualquer imaginário Google, sobressai a vontade de criar de cerca de uma vintena de funcionários que envoltos por fios e ecrãs vários actualizam, programam e monitorizam os Tomis espalhados pelo país. Porque enquanto ainda se sonha levar o Tomi até ao Brasil, Estados Unidos e Médio Oriente, este smartphone de 220 quilos  já marca presença  em 40 cidades do norte do país, duas cidades algarvias e em Lisboa.

 

A alimentação de conteúdos é feita remotamente e de forma geo-referenciada.
 
José Agostinho, CEO da Tomi World

A capital já conta mesmo com 38 Tomis (indoors e outdoors) distribuídos pelas ruas e estações de metro, naquela que é a "primeira grande rede urbana de informação interactiva, actualizada e disponível quando e onde é necessária", afiança José Agostinho. O caso lisboeta é essencial para a estratégia de afirmação da empresa que pretendia "criar um 'case' que nos desse notoriedade e a credibilidade necessárias para nos lançarmos para o mercado externo", explica o CEO.

 

Partindo de um investimento inicial de 1,5 milhões de euros, contando ainda com fundos do QREN, a Tomi World, criada em 2011, alcançou um volume de negócios de quase 1,6 milhões de euros em 2014.

 
1,6 Milhões de euros
Volume de negócios registado pela Tomi World em 2014.
No entanto, o volume total de negócios adjudicados em 2014 foi de cerca de 3,6 milhões de euros.

 

Todavia, José Agostinho prefere realçar o facto de que "as pessoas utilizam muito o Tomi". Para confirmar esta ideia, cada Tomi contabiliza as interacções, sendo que em Janeiro de 2015 os Tomis lisboetas registaram 700 mil interacções. O objectivo passa por chegar às pessoas e é por isso que esta start-up exige um compromisso com cada cidade.

 

De forma a garantir a disponibilização de programas costumizados para cada cidade, a manutenção técnica e evolutiva da plataforma e a actualização de conteúdos. Os vectores principais do Tomi são as notícias de âmbito local, a agenda com o que for considerado relevante para a cidade, o directório de restaurantes, bares, cultura, etc, e informações sobre os transportes. Mesmo podendo ser feita pelos contratantes do serviço, a actualização dos conteúdos e o critério editorial são da responsabilidade da Tomi World.

 

Até mesmo a ameaça apresentada pelo vandalismo é contornada pelas características do Tomi de rua, que é "mais gordo", tem alarme sonoro, vidro temperado e laminado, e ainda uma câmara de videovigilância opcional. E porque é um smartphone também permite tirar as famosas "selfies".

 

Basicamente o Tomi não tem curva de aprendizagem. É muito fácil aprender a trabalhar com o equipamento.  
 
José Agostinho, CEO da Tomi World
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