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"O primeiro smartphone gigante" equipado e "preparado para estar na rua" nasceu em Viseu. Obra da Tomi World, que idealizou e desenvolveu uma plataforma digital interactiva com o intuito de suprir uma "necessidade latente de informação urbana na rua", explica José Agostinho, CEO da empresa.
O software foi totalmente desenvolvido por esta tecnológica viseense instalada num rés-do-chão próximo do centro de Viseu. A partir de instalações bem distantes de um qualquer imaginário Google, sobressai a vontade de criar de cerca de uma vintena de funcionários que envoltos por fios e ecrãs vários actualizam, programam e monitorizam os Tomis espalhados pelo país. Porque enquanto ainda se sonha levar o Tomi até ao Brasil, Estados Unidos e Médio Oriente, este smartphone de 220 quilos já marca presença em 40 cidades do norte do país, duas cidades algarvias e em Lisboa.
A capital já conta mesmo com 38 Tomis (indoors e outdoors) distribuídos pelas ruas e estações de metro, naquela que é a "primeira grande rede urbana de informação interactiva, actualizada e disponível quando e onde é necessária", afiança José Agostinho. O caso lisboeta é essencial para a estratégia de afirmação da empresa que pretendia "criar um 'case' que nos desse notoriedade e a credibilidade necessárias para nos lançarmos para o mercado externo", explica o CEO.
Partindo de um investimento inicial de 1,5 milhões de euros, contando ainda com fundos do QREN, a Tomi World, criada em 2011, alcançou um volume de negócios de quase 1,6 milhões de euros em 2014.
Todavia, José Agostinho prefere realçar o facto de que "as pessoas utilizam muito o Tomi". Para confirmar esta ideia, cada Tomi contabiliza as interacções, sendo que em Janeiro de 2015 os Tomis lisboetas registaram 700 mil interacções. O objectivo passa por chegar às pessoas e é por isso que esta start-up exige um compromisso com cada cidade.
De forma a garantir a disponibilização de programas costumizados para cada cidade, a manutenção técnica e evolutiva da plataforma e a actualização de conteúdos. Os vectores principais do Tomi são as notícias de âmbito local, a agenda com o que for considerado relevante para a cidade, o directório de restaurantes, bares, cultura, etc, e informações sobre os transportes. Mesmo podendo ser feita pelos contratantes do serviço, a actualização dos conteúdos e o critério editorial são da responsabilidade da Tomi World.
Até mesmo a ameaça apresentada pelo vandalismo é contornada pelas características do Tomi de rua, que é "mais gordo", tem alarme sonoro, vidro temperado e laminado, e ainda uma câmara de videovigilância opcional. E porque é um smartphone também permite tirar as famosas "selfies".