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Gaia respira e capta mais investimento

Gaia liberta-se da dívida e ganha centralidade na periferia. O Plano Diretor Municipal está em revisão, com o objetivo assumido de se transformar num “instrumento de crescimento” económico.

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Vila Nova de Gaia é o terceiro maior concelho de Portugal em população, a seguir a Lisboa e Sintra. Possui 299.820 habitantes, ainda que 225.705 tenham mais de 65 anos.

A sua realidade demográfica contrasta, ainda assim, com o envelhecimento acelerado na Área Metropolitana do Porto (AMP), mantendo-se um concelho jovem e com "saldo natural e migratório muito ligeiramente desfavorável", segundo o Plano de Desenvolvimento Social 2017-2021.

Pisamos "um território enormíssimo" (168,46 km2 de área), que acolhe empresas, nacionais e estrangeiras, de pequena, média e grande dimensão e de setores económicos relevantes, com propensão natural para acolher conhecimento e inovação e um elevado perfil exportador (automóvel, vidreiro, componentes eletrónicos, material elétrico, agrícola e agroalimentar, vinho do Porto, hotelaria, enoturismo, serviços e outros).

O Plano Diretor Municipal (PDM) está em revisão, com o objetivo assumido de se transformar num "instrumento de crescimento económico e, ao mesmo tempo, social", assume a autarquia. Em paralelo, já está em curso um mapeamento de potenciais novas zonas industriais. Graças a uma proativa captação de fundos públicos (QREN e PDR 2020), uma boa execução da receita e idêntica gestão da despesa e a uma progressiva redução do endividamento municipal e uma "política agressiva do ponto de vista fiscal" - isenção de derrama durante três anos com criação de emprego de base local -, o concelho de Gaia emerge do constrangimento orçamental.

Com boas acessibilidades e razoável mobilidade, ganha novo protagonismo e atratividade económica, fruto de uma enorme mais-valia: "a conciliação entre a escala e a centralidade". E até o seu caráter periférico em relação ao Porto está a esbater-se, graças, também, à relação pessoal e política entre os dois autarcas: "absolutamente estabilizada e, até, do ponto de vista pessoal, consistente", segundo o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues .
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